
Musicoterapia auxilia no processo de seleção de pessoas
Estudantes da graduação em Musicoterapia da UFG conduziram etapa de processo seletivo
Da Redação, com informações da Emac
Com possibilidade de aplicação em diversas áreas, a Musicoterapia tem sido utilizada de forma inovadora no processo seletivo de empresas. Conforme explicam Melina Helena Massarani Silva, Fernanda Valentin e Fernanda Costa Nunes no artigo "A Musicoterapia na seleção de pessoas por competências", a inserção dessa disciplina na seleção de pessoas contribui para a identificação das competências dos candidatos ao proporcionar um ambiente de colaboração, coesão grupal e comunicação espontânea.
Recentemente, estudantes do curso de Musicoterapia da Universidade Federal de Goiás (UFG) planejaram uma ação utilizando jogos musicais para avaliar candidatos a uma vaga de estoquista na empresa Dental Adelar, em Goiânia. A atividade prática fez parte da disciplina Musicoterapia Organizacional, ministrada pela professora Fernanda Valentin e a musicoterapeuta convidada Priscila Raquel da Silva.
Os estudantes da UFG conduziram um das etapas do processo seletivo, realizado no último dia 6 de dezembro. O processo foi coordenado pela psicóloga Hellen Brenda Rodrigues Costa Sampaio, da empresa Corporee Thalentos.
Competências
"O musicoterapeuta é um profissional que contribui com o uso da música, com seu olhar e escuta diferenciados no momento da seleção dos candidatos. Os jogos de improvisação com a voz, percussão corporal e movimento em grupo fazem com que as competências dos candidatos sejam explicitadas com maior facilidade. Nesse processo, tanto a organização quanto os candidatos ganham pela realização de um processo com menos tensão e mais chance de o candidato mostrar suas competências ao cargo desejado", comenta Fernanda.
Para Priscila, "é muito gratificante ver o quanto a Musicoterapia é eficaz em diversos contextos, e no ambiente organizacional – em específico no processo de seleção de pessoas – foi possível constatar que a música pode ser utilizada para avaliar habilidades não musicais necessárias para a vaga e ao mesmo tempo proporcionar para os candidatos um processo seletivo mais humanizado".
Estudantes de Musicoterapia participaram de uma etapa do processo de seleção de estoquista (Foto: Arquivo Pessoal)
Jogos musicais
Parte dos estudantes conduziu os jogos e parte avaliou as competências possíveis de serem observadas em cada jogo musical, utilizando um protocolo com uma escala do tipo Likert (ferramenta de avaliação em que o respondente expressa seu grau de concordância ou discordância com determinadas afirmações).
Por exemplo, no jogo musical "Flecha", foram avaliadas competências como rapidez e agilidade, atenção, memória e controle emocional, necessárias para o bom desempenho da função de estoquista. Em sua versão mais simples, sem pulso definido, o jogo consiste em uma pessoa olhar para outra e passar uma palma. Quem recebe faz o mesmo e assim por diante.
Ao final da ação, os seis candidatos participantes pontuaram que gostaram de participar da experiência, e apesar de se sentirem desafiados e surpreendidos no começo, no fim estavam tranquilos e engajados.
A estudante do oitavo período do curso de Musicoterapia Jháred Emanuelle Ribeiro pondera que a Musicoterapia Organizacional tem uma relevância importantíssima no mercado de trabalho e isso foi percebido durante o processo seletivo. "Vimos os candidatos tensos, ansiosos, e trazer um pouco de ludicidade e atividades musicais fez com que esse momento fosse menos difícil, um momento de poder aprender algo a mais e descontrair".
Fonte: Emac
Categorias: Jogos musicais Humanidades Emac musicoterapia