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Universidade Federal de Goiás
Semando Bordados

Evento proporciona resgate cultural por meio da arte do bordado

Em 19/03/24 15:16. Atualizada em 19/03/24 15:17.

Ação artística no Centro Cultural UFG reuniu mulheres bordadeiras de diversas cidades

Texto: Ricardo Lima
Fotos: Evelyn Parreira

 

Semando Bordados

 

O Centro Cultural UFG foi palco da Ação Artística Semeando Bordados – 1º Encontro de Mulheres Bordadeiras e Artistas. A ação, realizada no dia 8 de março, foi idealizada pela diretora do CCUFG, Maria Tereza Gomes, por meio do Coletivo Café Bordado.

O objetivo foi celebrar o bordado como saber e fazer artístico, assim como resgatar o valor cultural oriundo da prática. Durante o evento, houve rodas de conversa, oficinas de bordado e plantio simbólico de sementes. A ação, que se deu em formato híbrido, também conectou virtualmente mulheres bordadeiras de Catalão e de outras localidades.

Confira aqui as fotos do evento.

 

Semando Bordados

Encontro: artistas bordadeiras se reuniram no Centro Cultural UFG, no Câmpus Colemar Natal e Silva

 

Bordado coletivo

Maria Tereza Gomes destacou que o evento nasceu para que mulheres bordadeiras se encontrem, troquem experiências e repassem o saber do bordado. Para ela, a iniciativa é um resgate do conhecimento e da prática do bordado para mulheres. "Vamos escrever cartas, bordar as cartas, colocar uma semente dentro, mandar para outras mulheres e assim ir semeando esse saber", explicou a diretora.

A professora da Escola do Futuro em Artes Basileu França, Solange Amarilla, que oferece curso gratuito de bordado em editais semestrais, enfatizou os benefícios proporcionados pelo bordado, como sua função social, terapêutica e artística. A professora abordou a acessibilidade do aprendizado por meio da internet, mas destacou que é preciso dedicação e, se possível, participação em cursos. "Eu, além de ensinar o lúdico do bordado, também trabalho o empreendedorismo com as alunas".

 

Semando Bordados

Tradicionalmente passada de geração para geração, a arte do bordado também pode ser aprendida em cursos

 

Trajetória bordadeira

Dona de casa e bordadeira, Marilda Rezende Mesquita compartilhou que começou a bordar por influência da mãe. Antes de entrar no curso de bordado oferecido pelo Basileu França, fazia enxovais e presenteava pessoas.

Ao refletir sobre a prática contínua de seu bordado, Marilda destacou sua crença na melhoria contínua pela prática. "Quanto mais você borda, quanto mais você pratica, mais se vai aperfeiçoando, melhorando". Ela ainda mencionou que o bordado proporciona uma catarse cotidiana.

Maria Aparecida Monteiro, bordadeira de Catalão que participou da reunião por videoconferência, também compartilhou sua jornada pessoal com o bordado. Ela contou que começou a bordar devido ao estresse no trabalho, e eventualmente começou a se dedicar exclusivamente ao bordado após sair do emprego.

 

Semando Bordados

Evento distribuiu sementes, simbolizando o compromisso com a a continuidade dos saberes compartilhados

 

A bordadeira também mencionou como sua paixão pela arte se transformou em uma carreira, como professora de bordado no Colégio Tecnológico de Goiás, no eixo de artes visuais. "Trabalho com o bordado que retrata sentimentos, emoções e memórias das pessoas", destacou Maria Aparecida.

Após as rodas de conversa e oficinas de bordados, as participantes receberam sementes de plantas para levar para casa, ato que simbolizou o compromisso com a continuidade e a disseminação dos saberes compartilhados durante o evento. O evento reuniu bordadeiras de Goiânia, Catalão, Morrinhos, Cidade de Goiás e Olhos D'Água, e contou com a participação de dezenas de mulheres.

Fonte: Secom UFG

Categorias: arte Arte e Cultura CCUFG