Da Redação

O Observatório do Estado Social Brasileiro, vinculado ao Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (Iesa/UFG), acaba de lançar o relatório "O ardil do povo pelo povo: a Previdência Social, a austeridade fiscal e a estatização dos riscos no Rio Grande do Sul". O estudo baseia-se em dados secundários, análise documental, literatura da área e mapeamentos sistemáticos sobre a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.

O estudo critica a obsessão pela meta fiscal superavitária no Brasil, defendendo a importância da análise regional das despesas públicas. Destaca-se a relevância do Regime Geral de Previdência Social não apenas como um programa de assistência, mas como um mecanismo fundamental para a economia local, especialmente em áreas rurais e urbanas precárias.

"A perspectiva de análise é global, uma vez que não separa os eventos e as respostas aos eventos do conjunto de mudanças econômicas e políticas resultantes da agenda de ajuste fiscal. Não é possível imaginar que as políticas de desregulamentação, um dos pilares do neoliberalismo, poupem as áreas ambientais do ajuste fiscal no RS e em Porto Alegre. Não é possível imaginar que as respostas individuais, mesmo que movidas por interesses genuínos de solidariedade, substituam a ação do Estado na superação da crise", diz o relatório.

Acesse aqui o relatório.

Registro de óbitos por município do RS até 14 de junho de 2024 (Fonte: Defesa Civil)