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Universidade Federal de Goiás
Biodefensivo

UFG participa de projeto para desenvolver biodefensivo

Em 14/08/24 15:39. Atualizada em 14/08/24 15:40.

Rede de pesquisa envolve também UFSCar, UFF, UFRJ e UFSC

Adriana Arruda
Luiz Felipe Fernandes

Um projeto em rede que envolve pesquisadores das Universidades Federais de Goiás (UFG), de São Carlos (UFSCar), Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Santa Catarina (UFSC) pretende desenvolver novos produtos e processos para o controle de plantas daninhas, com ênfase em biodefensivos – produtos naturais ou derivados de plantas, fungos, bactérias, minerais e animais usados para o controle de pragas e doenças.

Os biodefensivos oferecem uma abordagem mais ecológica e menos prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente, se comparados aos defensivos convencionais, que podem ser altamente tóxicos.

Os pesquisadores estão fazendo a síntese e a avaliação da atividade herbicida de compostos inibidores da enzima 4-hidroxifenilpiruvato dioxigenase (HPPD). Esses compostos são considerados promissores no combate às daninhas, pois interrompem a produção de pigmentos necessários para a fotossíntese, o que leva à morte dessas plantas.

Além disso, possuem alta seletividade, ou seja, são capazes de eliminar ou inibir o crescimento das plantas daninhas sem causar danos significativos às culturas agrícolas desejadas. O processo de obtenção desses compostos deverá ser feito a partir de fontes renováveis, como resíduos de madeira e cana-de-açúcar.

"A ideia é ter como matéria-prima moléculas derivadas da biomassa lignocelulósica, que apresenta baixa toxicidade para as demais culturas", explica o professor do Departamento de Química (DQ) da UFSCar, Márcio Weber Paixão.

 

Leia também: Patente concedida à UFG e UFJ auxilia pesquisas no campo

 

Biodefensivo

Ensaios de germinação irão determinar o mecanismo de reação dos novos compostos estudados pelos pesquisadores (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Testes

A professora do Instituto de Química (IQ) da UFG, Maria Isabel Ribeiro Alves, terá a responsabilidade de executar os ensaios de atividade herbicida, envolvendo testes de germinação e ensaios para determinar o mecanismo de reação dos novos compostos. Os testes analisarão a seletividade dos compostos em relação às culturas de soja, milho, cana-de-açúcar, arroz e feijão.

"Nós buscamos obter novos herbicidas ambientalmente amigáveis, com baixa toxicidade por já ser obtido de matéria-prima renovável e que ajudem a resolver problemas de resistência das plantas daninhas aos princípios ativos que atualmente estão disponíveis para uso na agricultura", detalha Maria Isabel.

Fonte: UFSCar

Categorias: agricultura Ciências Naturais IQ