Projeto de extensão da UFG promove educação sobre a epilepsia
Iniciativa desenvolve protocolos de segurança e ações de conscientização para a comunidade
Ação da campanha Março Roxo, de conscientização sobre a epilepsia, no Hospital das Clínicas da UFG (Foto: Divulgação)
EM SÍNTESE:
- O projeto Epilepsia em Foco da UFG promove conscientização sobre epilepsia com ações educativas para a comunidade.
- A iniciativa realiza palestras e rodas de conversa e tem um protocolo de primeiros socorros para crises epilépticas.
- Em outubro, participa da campanha "SUDEP Não" e discutirá a epilepsia em audiência pública na Alego.
Ricardo Lima
O projeto Epilepsia em Foco, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (ICB/UFG), promove ações educativas sobre a epilepsia para a comunidade acadêmica e pessoas que convivem com essa condição.
O projeto possui parceria com a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), o Centro de Referência de Tratamento e Pesquisa em Epilepsia (Certepe) do Hospital das Clínicas (HC-UFG) e com o grupo Amigos Anti-Mortalidade em Epilepsia (AAME).
Por meio do projeto, são realizadas rodas de conversa, palestras educativas e conscientização sobre a epilepsia. A iniciativa conta com a colaboração de estudantes que possuem a condição, tendo como público-alvo discentes, docentes, técnicos-administrativos e a comunidade acadêmica em geral.
Com atividades presenciais e remotas, o projeto está presente em datas e eventos voltados à conscientização da epilepsia, como o Março Roxo, Conscientização sobre SUDEP (morte súbita em pacientes com epilepsia) e em ações e programas da UFG, como o UFG em Todo Lugar.
Surgimento
A professora Aline Pansani, do Departamento de Ciências Fisiológicas do ICB, é coordenadora do grupo AAME e idealizadora da iniciativa. Apesar de ter se tornado projeto de extensão apenas em 2023, ações voltadas à epilepsia são realizadas desde 2022.
"Recebi o convite para ser embaixadora da ABE e iniciamos ações de conscientização apoiadas pela UFG", relata. A professora possui como tema de estudo na UFG a morte súbita na epilepsia, que, em inglês, possui a sigla SUDEP (Sudden Unexpected Death In Epilepsy).
O projeto possui um protocolo institucional de primeiros socorros para a crise epiléptica, em colaboração com a Pró-Reitoria de Graduação da UFG (Prograd) e a ABE.
O protocolo prioriza a segurança de estudantes e funcionários com epilepsia na UFG. Atualmente, a principal meta do projeto é incluir um campo para o aluno declarar que tem epilepsia no formulário de matrícula.
"O aluno pode preservar-se da divulgação de seu diagnóstico para a turma e garantir sua segurança em caso de crise", explica Aline.
Mais informações sobre o projeto podem ser encontradas no perfil no Instagram. Informações sobre a epilepsia podem ser obtidas nos perfis da Associação Brasileira de Epilepsia e do grupo Amigos Anti-Mortalidade em Epilepsia, da professora Aline Pansani.
Próximas ações
Neste mês de outubro, o projeto irá participar da campanha "SUDEP Não", que visa conscientizar sobre a prevenção da morte súbita em pacientes com epilepsia.
Na próxima sexta-feira (11/10), o projeto irá promover ação no ambulatório de epilepsia do HC-UFG, em pareceria com a Liga de Neurociências e a ABE. A ação ocorrerá das 7h às 11h e haverá distribuição de materiais informativos e esclarecimento de dúvidas.
A coordenadora do projeto também conseguiu uma audiência pública com o deputado estadual Mauro Rubem sobre a epilepsia e a importância da prevenção do SUDEP, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), na qual irá compor a mesa diretiva. O evento ocorrerá no dia 21 de outubro, às 9h, no Auditório 2 da Alego.
Aline esclarece que a iniciativa tem parceria com o grupo AAME, ABE e o N20 (Neuroscience20 Summit). O N20 é um evento que ocorre em paralelo ao G20 social e tem como objetivo reunir profissionais, pesquisadores e estudantes da área de neurociência de diversos países para promover a troca de conhecimentos, discussões e atualizações sobre os avanços mais recentes nesse campo da saúde, visando a sugestão para a elaboração de políticas públicas mais eficientes para a área.
A professora da UFG coordena o grupo de trabalho do N20 em Goiás e um dos encaminhamentos da audiência pública será a elaboração de um documento sobre as demandas relacionadas à epilepsia no estado, que será apresentado por Aline na cúpula do N20, no Rio de Janeiro, em novembro.
"É importante que a comunidade das pessoas com epilepsia participe da audiência para dar mais visibilidade à causa e lutar por seus direitos frente ao governo. Cada pessoa é importante", finaliza a professora.
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Fonte: Secom UFG