"Integridade acadêmica deve permear todas as atividades universitárias"
Professora da UnB, Olgamir Amancia Ferreira, participou do IV Seminário de Integridade Acadêmica da UFG
Samanta Nascimento*
A relação entre a integridade acadêmica e a ética foi abordada pela professora e decana de Extensão da Universidade de Brasília (UnB), Olgamir Amancia Ferreira, durante a palestra "A cultura da integridade acadêmica nas Instituições de Ensino Superior", realizada na última sexta-feira (18/10).
O evento fez parte do IV Seminário de Integridade Acadêmica, realizado pelo Comitê de Integridade Acadêmica (CIA), vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Goiás (PRPI/UFG).
Em sua apresentação, a professora enfatizou que a integridade deve permear todas as atividades universitárias, incluindo ensino, pesquisa, extensão e gestão. Ela abordou os desafios de sua implementação. "Promover essa formação não é uma tarefa simples, porque vivemos em uma sociedade que prioriza ter em detrimento do ser".
Para Olgamir, a universidade deve proporcionar uma formação de qualidade, socialmente referenciada e voltada à transformação dos estudantes. Nesse sentido, segundo a professora, uma boa educação deve se basear em quatro pilares centrais: técnica, política, estética e ética.
Ela ressaltou que a excelência acadêmica vai além do aspecto técnico, devendo incluir a sensibilização estética e a reflexão ética sobre o impacto social das ações. A formação deve ser inclusiva, promovendo a qualidade e a democratização da educação.
"Nosso papel é de formação com qualidade, numa perspectiva de transformação da realidade em que vivemos. Por isso, não se pode reduzir à dimensão técnica; deve agregar a dimensão estética e ética, além da política, que busca a transformação", afirmou.
Olgamir Amancia Ferreira (UnB) e Maísa Miralva da Silva (Prae/UFG) durante o IV Seminário de Integridade Acadêmica (Foto: PRPI/UFG)
Universidade fragmentada
Em relação às dificuldades da integridade acadêmica na formação, Olgamir salientou que "apesar de nossas universidades já terem avançado, ainda são estruturadas de forma fragmentada, compartimentada e hierarquizada. Para superarmos isso, precisamos de uma universidade mais democrática e inclusiva. Esse modelo conservador resiste às mudanças que promovem uma maior horizontalidade nas relações de respeito ao outro e na construção da integridade acadêmica".
A professora da UnB também parabenizou a UFG pela produção do Guia de Integridade Acadêmica que, segundo ela, coloca a Universidade à frente de outras instituições de ensino superior no que diz respeito à integridade acadêmica.
* Estagiária do curso de Jornalismo da UFG, orientada pela jornalista Carolina Melo (Secom) e pela professora Mariza Fernandes (FIC).
Fonte: Secom UFG
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