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Universidade Federal de Goiás
Ansiedade fim do ano

Atenção aos sinais com a aproximação do fim do ano

Em 25/11/24 14:35. Atualizada em 27/11/24 16:41.

Psicólogo hospitalar do HC-UFG fala dos sintomas e explica quando é preciso buscar ajuda

Thalízia Ferreira

Com a aproximação do fim do ano, além das expectativas com as festividades, algumas pessoas desenvolvem ou acentuam sintomas de ansiedade e esgotamento mental. Alguns dos motivos podem ser as altas expectativas com atividades e as metas não alcançadas ou prazos que precisam ser cumpridos.

Essas sensações, e até mesmo somatizações geradas nesse contexto, são nomeadas de "dezembrite", ou síndrome do final de ano. Além disso, outro fator decorrente do excesso de trabalho pode causar sofrimento mental, além do esgotamento físico: a Síndrome de Burnout.

O psicólogo hospitalar do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), Ruy Ferreira, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), faz alguns esclarecimentos sobre esses temas.

 

Algumas pessoas desenvolvem ansiedade por conta do próprio momento de vida, encerrar ciclos, cumprir prazos. Quando buscar ajuda especializada?

As crises de ansiedade podem fazer parte de um quadro psiquiátrico que precisa ser tratado. Assim, quando esse tipo de problema se torna frequente e afeta atividades, dentre elas as laborais, que antes não eram um problema, é indicado procurar ajuda profissional.

 

Quando uma ansiedade pode evoluir para o esgotamento físico e mental?

A ansiedade pode evoluir para o esgotamento físico e mental quando se torna patológica, ou seja, quando prejudica o dia a dia, a qualidade de vida e quando a intensidade ou frequência do sentimento é desproporcional.

 

Além da ansiedade, como identificar sinais de esgotamento mental?

Quando ocorrem mudanças significativas no bem-estar e qualidade de vida, por exemplo, se torna inviável manter a produtividade de sempre, dar conta dos afazeres (domésticos e profissionais) e cumprir com prazos e/ou metas. Com o sono e o apetite desregulados, a pessoa fica incapacitada de se concentrar em novas tarefas. O humor se torna bastante irritado e agressivo e, para completar, perde-se até mesmo o interesse em programas e atividades que tanto se gosta, como praticar esportes, ir ao clube, sair para dançar, entre outros. A imunidade abaixa e começam a aparecer problemas de saúde com frequência, como alergias, gripes, viroses e infecções gastrointestinais.

 

Como se prevenir da síndrome de Burnout?

Fazer atividades que "fujam" à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema; evitar o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros; conversar com alguém de confiança sobre o que se está sentindo; fazer atividades físicas regulares.

 

Quais estratégias as pessoas podem adotar para melhorar essa relação com o tempo, com o trabalho de forma que este período de final de ano não seja mais um fator de adoecimento mental?

Para melhorar a relação com o tempo e o trabalho, e evitar o adoecimento mental, as pessoas podem adotar algumas estratégias, como pausas e tempo livre, reconhecendo a importância de descansar ao longo do dia e incentivar períodos regulares de férias e folgas; gerenciar as emoções, buscar o autoconhecimento e cultivar relacionamentos saudáveis no trabalho; readequar o trabalho, identificar colaboradores sobrecarregados e delegar algumas responsabilidades para outros; combater pressões desnecessárias, combater situações de assédio e humilhação, e respeitar horários de trabalho e descanso; praticar atividade física – diversos estudos já comprovaram que os exercícios físicos são importantes para a mente; além de buscar ajuda. A terapia é indicada para todas as pessoas, pois ajuda a conhecer melhor a si mesmo e a lidar com as próprias emoções.

 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Ansiedade Saúde HC Notícia 2