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Universidade Federal de Goiás
Espetáculo FUGA

Espetáculo explora emoções no FUGA 2024

Em 28/11/24 17:18. Atualizada em 28/11/24 17:19.

"Versões de um Beijo" é uma adaptação do clássico de Nelson Rodrigues, "Beijo no Asfalto"

 

Espetáculo FUGA

"O Beijo no Asfalto", clássico de Nelson Rodrigues, é o mote do espetáculo produzido e encenado por estudantes da Emac (Foto: Julia Barros)

 

Eduardo Bandeira

"Beije-me intensamente antes de ir, tristeza de verão; eu só queria que você soubesse que, amor, você é o melhor". Assim como na canção Summertime Sadness, de Lana Del Rey, em que o impacto de um beijo carrega emoções profundas, o espetáculo "Versões de um Beijo" explora essa mesma intensidade em sua narrativa.

A peça foi encenada por estudantes da disciplina Processo de Montagem no Festival Universitário de Artes Cênicas de Goiás (FUGA), na última quarta-feira (27/11). O Teatro Lacena, na Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi o cenário do espetáculo, que atraiu uma plateia ansiosa.

Acesse aqui o álbum de fotos.

"Versões de um Beijo" é uma adaptação da peça "O Beijo no Asfalto", de Nelson Rodrigues, e narra a história de Arandir, que ao atender o último pedido de um homem atropelado à beira da morte, beijando-o, desencadeia uma onda de repercussões na comunidade local. O gesto desperta segredos sombrios, abala relações e leva alguns a perderem tudo.

 

Espetáculo FUGA

Matheus Gomes, estudante da UFG, afirma que o teatro e as artes continuam vivos nas universidades federais (Foto: Julia Barros)

 

Estudantes artistas

A professora da disciplina Processo de Montagem, do curso de Teatro da Emac, Clarice Costa, ressaltou a importância de colocar os estudantes na posição de artistas criadores, permitindo que cada um tivesse liberdade na construção de seus personagens. Ela também elogiou a sensação de comunhão gerada quando diferentes intérpretes assumiam o mesmo papel, fortalecendo o senso de solidariedade entre os participantes.

O estudante Wande Moraes, que dá vida a Aprígio em "Versões de um Beijo", explicou que os atores em formação puderam pesquisar sobre os personagens que desejavam interpretar, e que juntos estudaram as cenas que achavam interessantes trazer para a adaptação.

Cada estudante precisou construir um painel semântico de apresentação de seu personagem. Para isso, utilizaram elementos de maquiagem, caracterização, voz e principalmente as emoções.

O espetáculo é resultado de dois semestres de trabalho conjunto entre os formandos do curso de Teatro/Licenciatura e alguns estudantes de Laboratório 2 do curso de Direção de Arte. Com uma equipe de pouco mais de 20 pessoas, as funções foram divididas entre atuação, iluminação, direção, trilha sonora e assessoria.

O estudante Matheus Gomes, que interpreta Arandir e também um personagem cujo sonho é interpretar Hamlet em "Versões de um Beijo", acredita que a peça é essencial para reafirmar que o teatro e as artes continuam vivos nas universidades federais, que se mantêm como espaços de pesquisa e fomento artístico.

A estudante Maria Eduarda Almeida, intérprete de Selminha e da delegada Marreta, destacou a missão central da peça em fazer uma crítica à forma como a mulher é percebida na sociedade, além de abordar a questão da violência policial.

O resultado final foi uma peça de uma hora e meia que despertou diversas emoções na plateia, passando por confusão, empatia, espanto, risos e tristeza. As cenas se desenrolaram sem perder o ritmo, mantendo o público completamente absorvido a cada momento.

 

Espetáculo FUGA

Para a produção do espetáculo, cada estudante precisou construir um painel semântico de apresentação de seu personagem (Foto: Julia Barros)

 

Reações positivas

Joaquim Oliveira, que assistiu ao espetáculo, enfatizou que gostou bastante da peça, mencionando as várias referências teatrais, como "Hamlet", de William Shakespeare. Ele também destacou o desenvolvimento interessante da obra, que mistura humor e tensão, com cenas bem divididas. Além disso, ressaltou a transformação dos personagens ao longo das cenas.

Ele comentou ainda que, além de trocarem de personagens, os atores criaram um corpo para apresentar os papéis antes das cenas serem plenamente dramatizadas. Joaquim também destacou a emoção transmitida pelos atores, que se alinhou perfeitamente com a iluminação e a sonoplastia.

 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Festivais Unificados Emac Arte e Cultura Emac Notícia 1