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Universidade Federal de Goiás
Dengue

Pesquisadores da UFG investigam nova estratégia para combater a dengue

Em 18/03/25 15:19. Atualizada em 18/03/25 15:26.

Estudo do Iptsp explora alvos terapêuticos para evitar formas graves da doença

 

Dengue

Eliminação de focos do mosquito da dengue continua sendo fundamental para o combate à doença (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

 

Caio Rabelo

Diante do aumento dos casos de dengue no Brasil, um novo estudo conduzido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) pode representar um avanço na busca por tratamentos eficazes contra a doença. A pesquisa, realizada no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (Iptsp), investiga o papel dos receptores TREM-1 e TLT-1 na progressão da dengue para quadros graves e sua viabilidade como alvos terapêuticos.

Esses receptores desempenham um papel fundamental na resposta inflamatória e podem estar diretamente ligados a complicações da doença, como aumento da permeabilidade vascular e hemorragias, que normalmente levam à morte. A proposta do estudo é bloquear essas interações para evitar que o quadro dos pacientes se agrave, uma estratégia inovadora no enfrentamento da dengue.

O projeto foi aprovado na chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para Pesquisas Pré-Clínicas e Clínicas Estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os estudos são conduzidos no Laboratório de Imunologia de Mucosas e Imunoinformática (Limim), sob a coordenação do professor Helioswilton Sales de Campos.

Desafios

Segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou mais de 550 mil casos de dengue até a primeira semana de março de 2025, com cerca de 280 óbitos. A rápida disseminação do vírus e a falta de um tratamento específico fazem da doença um dos maiores desafios para o sistema de saúde pública.

"Nosso objetivo é compreender melhor os mecanismos da dengue e desenvolver abordagens terapêuticas que possam impedir sua progressão para formas graves. Se formos bem-sucedidos, poderemos reduzir significativamente as internações em UTIs e as mortes causadas pela doença", explica o professor Helioswilton.

O estudo utilizará técnicas avançadas, como modelos de cultura celular tridimensionais e bioengenharia de tecidos, para avaliar a eficácia dos inibidores desses receptores. A expectativa é que, caso os resultados sejam positivos, a pesquisa possa abrir caminho para novos tratamentos que ajudem a reduzir a letalidade da dengue, aliviando a pressão sobre o SUS.

 

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Fonte: Secom UFG

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