
A importância do preceptor na formação de profissionais de saúde
Hospital das Clínicas da UFG possui 449 preceptores médicos e 186 preceptores multiprofissionais
Enfermeira Laís Almeida é preceptora do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do HC (Foto: Arquivo Pessoal)
Da Redação, com informações do HC-UFG
Além da prestação de serviços de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), com atendimentos de média e alta complexidade, os hospitais universitários são espaços voltados para a formação de milhares de profissionais da área da saúde, que integram Programas de Residência Médica, Uni e Multiprofissional, aliando ensino, pesquisa, inovação e assistência. No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), a preceptoria está presente em todos os Programas de Residência – no total, 38 de Residência Médica e cinco de Residência Multiprofissional.
Enfermeira do hospital, Laís Rios de Almeida atua na Unidade Neonatal e no Centro Obstétrico, além de ser preceptora do programa de Residência Multiprofissional em Saúde. "Escolhi essa tarefa porque tive grandes mestres durante o meu processo de formação acadêmica e vejo a preceptoria como um compromisso pessoal, enquanto ser social, um compromisso com a profissão que escolhi e com a instituição para a qual trabalho, já que se trata de um hospital universitário. Consigo dar mais sentido ao meu trabalho quando posso contribuir de alguma forma para o desenvolvimento de outros profissionais", destaca. "O ensino público como um todo já é um investimento social muito grande e, quando fazemos parte desse processo tão grandioso, é essencial retribuir através do compartilhamento do conhecimento que já foi construído", completa.
De acordo com a chefe da Unidade de Gestão de Pós-Graduação do HC-UFG, Valéria Raquel Apolinário, atualmente o HC-UFG conta com 449 preceptores médicos e 186 preceptores multiprofissionais, supervisionando 262 residentes médicos e 81 residentes multiprofissionais.
"Na unidade, as principais responsabilidades de um preceptor são acompanhar residentes nos campos de prática; promover reuniões científicas; elaborar, discutir e apresentar aos residentes seus planos de atividades práticas; estimular, planejar e assegurar a execução dos trabalhos de conclusão de residência; acompanhar e avaliar as atividades dos residentes; e facilitar a integração do residente com a equipe de saúde e com residentes de outros programas; entre outras competências", relata Valéria.
Pré-requisitos
Segundo explica Valéria, o profissional deve atender pré-requisitos específicos, como ter titulação mínima de especialista, experiência de seis meses e ser vinculado ao hospital. Contudo, também é importante considerar o perfil do candidato. "O preceptor é responsável também por estimular a reflexão crítica sobre a prática, incentivando os alunos a buscarem constantemente o aprimoramento. Para assumir essa função, deve-se levar em conta o perfil do profissional quanto à sua formação humanística e ética, seus conhecimentos e suas habilidades técnicas, bem como sua performance nas atividades didáticas dos programas", aponta.
Para Laís, a condução dos processos diários de trabalho em parceria com os estudantes é essencial para o desenvolvimento da experiência prática e de autonomia profissional, mas o papel mais importante de um preceptor é inspirar. "Acredito que o preceptor seja um exemplo para o estudante, que observa a ética com a qual conduzimos nossos processos de trabalho, nossa postura profissional e nossa vontade de melhorar continuamente para assistir os pacientes", ressalta a enfermeira, que nos últimos dois anos acompanhou uma média de 20 residentes.
"Não somos detentores do conhecimento e precisamos crescer junto com os residentes nos processos que construirmos. Acho que essa é a melhor forma de condução da preceptoria, numa via de mão dupla, buscando melhores práticas para garantir a qualidade da assistência e a segurança dos pacientes", afirma.
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Fonte: HC-UFG
Categorias: Formação Institucional HC