
Saiba quais são os primeiros sinais da Doença de Parkinson
Condição neurodegenerativa tem progressão lenta que limita a funcionalidade do paciente
Rigidez nas articulações pode estar entre os sintomas da Doença de Parkinson, que também causa lentidão (Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde)
Thalízia Ferreira
Se uma pessoa está levando muito mais tempo para fazer atividades que antes realizava com agilidade, é melhor ficar atento. A lentidão dos movimentos é o principal sintoma da Doença de Parkinson. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 4 milhões de pessoas no mundo têm a patologia, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos. No Brasil, há mais de 200 mil casos registrados.
Segundo o neurologista Delson José da Silva, chefe da Unidade do Sistema Nervoso do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), gerenciado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a Doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa, lentamente progressiva, que limita a funcionalidade de um indivíduo. "Os sintomas principais são a bradicinesia, ou seja, a lentidão dos movimentos, além de tremores (principalmente tremor de repouso), rigidez das articulações e alterações do equilíbrio, o que chamamos de anormalidades posturais", explica. Apesar de ser predominante entre idosos, a enfermidade também pode afetar pessoas abaixo dos 50 anos.
Ainda de acordo com o médico, a patologia evolui em estágios e costuma começar muito antes de o primeiro sintoma ser identificado. "A perda de neurônios pode acontecer entre dez e 15 anos antes do início da doença em si. A pessoa pode ter perda de olfato, o que chamamos de hiposmia ou anosmia. Também pode experienciar constipação intestinal crônica e alteração do sono, ou seja, Transtorno do Comportamento do sono REM, quando o indivíduo tem sonhos e pesadelos vívidos, ou até mesmo alterações motoras, levando-o a chutar e bater. Com isso, depressão e dor também são sintomas que podem estar presentes na fase pré-clínica da doença", assinala.
Atendimento no HC-UFG
O HC-UFG conta com o Centro de Referência de Parkinson e Transtornos de Movimento (Cermov), criado em 1996, que oferece tratamento especializado a usuários do SUS. Lá, é possível encontrar atendimento no Ambulatório de Aplicação de Toxina Botulínica e no Ambulatório de Cirurgia de Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento.
A unidade oferece acompanhamento, tratamento medicamentoso para reposição de dopamina e é o único lugar da rede pública do Centro-Oeste a oferecer o procedimento de estimulação cerebral profunda gratuitamente. Além disso, o hospital está envolvido em trabalhos internacionais de pesquisa genética sobre os fatores ambientais que podem causar a Doença de Parkinson.
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Fonte: HC-UFG