Icone Instagram
Ícone WhatsApp
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
Dia da África na UFG 2025

Continente africano no centro do debate acadêmico

Em 26/05/25 09:32. Atualizada em 26/05/25 13:24.

Secretaria de Inclusão da UFG promove semana de eventos em comemoração ao Dia da África

Dia da África na UFG 2025

Mancala é um jogo de raízes africanas que pode ser utilizado para ensinar matemática (Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG)

 

Jayme Leno

Em comemoração ao Dia da África, celebrado mundialmente em 25 de maio, a Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou, no auditório Marielle Franco da Faculdade de Ciências Sociais (FCS) e no Centro de Convivência, entre os dias 22 e 23 de maio, a terceira edição do evento dedicado a discutir a importância do continente africano e das diásporas africanas no mundo. A iniciativa é da Secretaria de Inclusão (SIN) da UFG, em parceria com a Secretaria de Relações Internacionais (SRI) e com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).

O evento promoveu uma série de atividades voltadas à reflexão sobre a situação do continente africano e das populações afrodescendentes. A secretária de Inclusão, Luciana de Oliveira Dias, explicou que "o objetivo principal é colocar a África no centro dos debates e ampliar o conhecimento sobre o continente, que ainda é alvo de muitos estigmas e preconceitos". Ela acrescentou que existe um grande desconhecimento por parte da população brasileira sobre um continente que é imenso, e momentos como esse possibilitam a valorização da cultura, das pessoas e da relevância histórica e social que ele tem para as Américas.

Confira aqui as fotos do evento.

 

Dia da África na UFG 2025

Diva Nogueira destacou a importância de eventos como esse na instituição (Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG)

 

Durante a abertura, a secretária de Relações Internacionais, Rejane Faria Ribeiro-Rotta, ressaltou a relevância da internacionalização e da diversidade na Universidade. Segundo ela, mais de 200 estudantes internacionais integram atualmente a comunidade acadêmica da UFG, sendo 53% oriundos de países africanos. "É um enriquecimento gigantesco, cultural, que traz essa diversidade para o nosso meio. Reforça a importância da internacionalização e mostra como essa ferramenta é essencial para a qualificação profissional", ressaltou.

A estudante de Odontologia da UFG Diva Nogueira, de Cabo Verde, também compartilhou sua experiência e a importância de ações como essa para os estudantes africanos na Universidade. "Para mim, estar aqui hoje é muito gratificante, em um lugar onde estou me sentindo africana inteiramente, porque a gente está festejando o nosso dia. É importante ter esses eventos porque a gente se sente mais acolhido, se sente em família", declarou. Diva ainda destacou o desejo de que atividades como essa se tornem cada vez mais frequentes.

 

Dia da África na UFG 2025

53% dos estudantes internacionais da UFG são de países africanos, segundo a SIN/UFG (Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG)

 

A programação contou com a participação do professor Alex Kévin Ouessou Idrissou, do Benin, atualmente docente da Faculdade de Letras da UFG, que ministrou a palestra Ayò/Adji: Herança Ancestral Africana. Ele apresentou um jogo africano considerado como o mais antigo da humanidade. "Esse jogo tem vários nomes dependendo do lugar na África", ressaltou. Ele falou sobre a importância desse jogo para o povo africano, mais precisamente para o povo que é objeto de sua pesquisa, os Yoruba.

Ele explicou que o jogo está profundamente conectado ao sistema Ifá, um complexo sistema divinatório de grande importância não apenas para os Yoruba, mas também para diversos povos da América Latina, incluindo os brasileiros. Ele trouxe algumas expressões que se falam na África com esse jogo e também falou um pouco do Ifá. Segundo ele, este é um sistema divinatório muito importante não só para os Yoruba e os brasileiros, mas para outros povos da América Latina e para o mundo inteiro.

Mancala

Na programação também foi realizado o primeiro torneio de Mancala da UFG, tradicional jogo africano praticado em diversos países do continente, como Nigéria, Benin e Togo. A atividade, promovida em parceria com a Biblioteca Central, envolveu também o Instituto de Matemática e Estatistica (IME), dada a relevância do jogo como ferramenta pedagógica para o ensino da disciplina. "É um jogo de tabuleiro, um jogo de sementes, o pessoal da matemática está muito envolvido nesse jogo, porque a Mancala é uma forma interessante, inclusive, de ensinar matemática", comentou a secretária de Inclusão.

"É muito interessante porque desperta o interesse pela matemática, mas é interessante também porque traz uma experiência de um jogo africano para a gente pensar a matemática, trazendo, mais uma vez, a África para o centro das discussões. Então, discutimos cultura, política, estado-nação, também jogos e brincadeiras, esporte, lazer e cultura relacionada a vários países africanos", acrescentouj Luciana.

O estudante Germán González, do curso de Letras-Linguística da UFG, destacou a dimensão internacional do torneio de Mancala realizado durante o evento. "O torneio já tem inscrições destes países: Nigéria, Benin, Togo, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Namíbia, Haiti, Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia", informou. Ele ressaltou ainda que "foi o primeiro torneio internacional no Brasil do jogo ancestral africano Ayo, também conhecido como Oware, Awele, Adyi, Mancala e muitos outros nomes. Também conhecido como a 'arte de mastigar o tempo'".

Dia da África na UFG 2025

Alex Kévin e Germán González demonstram o jogo Mancala (Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG)

 

Receba notícias de ciência no seu celular
Siga o Canal do Jornal UFG no WhatsApp e nosso perfil no Instagram.

É da UFG e quer divulgar sua pesquisa ou projeto de extensão?
Preencha aqui o formulário.

Comentários e sugestões
jornalufg@ufg.br

Política de uso
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal UFG e do autor.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Intercâmbio Institucional SIN Notícia 6