
Professora da UFG concorre a prêmio da Bienal do Livro do Rio de Janeiro
Autora transforma trajetória de Bartolomeo Cristofori, inventor do piano, em uma história lúdica para crianças
Gyovana Carneiro assina livro O Piano Encantado de Cristofori em evento de lançamento (Foto: Arquivo Pessoal)
Jayme Leno
A imaginação é a ferramenta mais poderosa que uma criança pode utilizar, capaz de transportá-la a lugares inimagináveis. No lúdico dos contos infantis, a professora Gyovana Carneiro, da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (Emac/UFG), encontrou um meio de ensinar e se comunicar com essa imaginação. A obra, que conta a história de Bartolomeo Cristofori, criador do piano, foi tão bem recebida pela crítica que foi indicada ao prêmio de melhor capa na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que ocorre de 13 a 22 de junho.
Celebrando um momento especial em sua trajetória, a professora está bastante animada com sua primeira participação no evento, que, segundo ela, promete ser muito movimentado, com ingressos rapidamente esgotados. A obra integra a programação oficial da Bienal, com uma sessão especial de contação de histórias. O livro, que foi lançado no fim de 2024, também agradou o público, surpreendendo a autora com a venda de todos os exemplares do lançamento em apenas uma hora. "No lançamento, eles esgotaram o livro em uma hora. Venderam 100 livros em uma hora, eu falei: como assim? Foi uma grande surpresa".
O destaque estético da capa, agora finalista na premiação, é resultado da parceria com o ilustrador Samuel Florentino, da editora Byler Books. "Ele conseguiu fazer uma coisa lúdica, mas que tinha tudo a ver com a época. Foi muito bom… Ele conseguiu dar essa cara lúdica para o que era real", explica Gyovana. Ela destaca ainda que a tecnologia e as redes sociais foram fundamentais para a concretização do projeto, permitindo que encontrasse editora e ilustrador sem sair de casa, além de viabilizar a distribuição e as vendas on-line.
Com uma trajetória marcada pela atuação no ensino e na formação de plateias musicais, Gyovana vê na literatura infantil uma nova maneira de levar a música para públicos diversos. "Essa foi sempre a minha vontade, levar música para as pessoas. E eu acho que esse projeto leva música para as crianças através de um livro". A docente ressalta também a importância do local de lançamento, realizado em uma livraria que tinha como proposta incentivar a leitura entre as crianças.

Bienal
O livro, intitulado O Piano Encantado de Cristofori, nasceu do contato afetivo da autora com sobrinhos-netos. "Eu escrevo para adultos. De uns cinco anos para cá, eu tive um monte de sobrinho-neto, várias crianças, contava histórias, e elas sempre me perguntavam do piano. Aí eu falei: quem sabe eu escreva uma história infantil?", relata a professora. Para ela, tudo começa com a literatura infantil: "Se a gente tem bons leitores adultos, eles começaram quando eram crianças. A narrativa e a imagem têm que estar casadas, isso é muito importante".
Gyovana também participará de uma sessão especial na Bienal do Livro do Rio. "Estou super animada, porque é a primeira vez que eu vou participar de uma Bienal. No dia 19 de junho, vou ter a oportunidade de, durante uma hora, contar a história para as pessoas que estiverem lá, responder perguntas sobre o livro e ainda vendê-lo. Eu acho que vai ser muito bom. A minha expectativa é a melhor possível". O resultado do prêmio será anunciado durante a programação da Bienal.
O reconhecimento nacional impulsionou novas perspectivas para a professora, que considera a participação na Bienal um marco importante em sua trajetória, especialmente por se tratar de seu primeiro livro e já ter alcançado a oportunidade de concorrer a um prêmio. Animada com a repercussão da obra, ela já planeja escrever novos livros infantis. Entre os próximos projetos, pretende seguir unindo música e literatura, com a intenção de abordar também a valorização das mulheres na música, tema que considera especialmente significativo em sua trajetória.
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Fonte: Secom UFG
Categorias: literatura Arte e Cultura Emac Notícia 4