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Universidade Federal de Goiás
Amamentação HC

HC-UFG destaca importância do aleitamento materno e da doação de leite

Em 08/08/25 13:51. Atualizada em 08/08/25 13:51.

Campanha aborda a amamentação como um pilar para a redução da mortalidade infantil, o desenvolvimento saudável das crianças e o bem-estar das mães

 

Amamentação HC

Jamile Nobrega teve apoio do Posto de Coleta de Leite Humano do HC-UFG quando amamentava a filha (Foto: HC-UFG)

 

Thalízia Ferreira

"Priorize a amamentação: crie sistemas de apoio sustentáveis" é o tema da campanha Agosto Dourado deste ano. Incorporando o slogan às suas práticas e rotinas, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promove e apoia a amamentação por meio de atendimento multidisciplinar oferecido para usuárias da Maternidade e da Unidade Neonatal, além de suporte humanizado para as próprias colaboradoras.

A enfermeira responsável pelo Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH) do HC-UFG, Eliane de Araújo Valeriano, reconhece que a amamentação é um momento de acolhimento, segurança e conexão, mas que pode enfrentar desafios. "Por isso deve ser protegido por uma rede de apoio compartilhada, que começa pelo núcleo familiar, que participa mais ativamente da rotina do bebê e da lactante. Para amamentar, ela precisa de suporte emocional e físico, e a família tem o papel importante de lhe proporcionar um ambiente seguro e confortável. Esse suporte pode vir de várias formas, como no incentivo à amamentação por parte de companheiros e companheiras, no parente que oferece a escuta amiga e em familiares que se encarregam dos serviços de casa".

Ainda de acordo com a enfermeira, essa rede de apoio também se estende ao ambiente de trabalho, envolvendo diferentes ações, como a oferta de um espaço que facilite a extração e o armazenamento de leite materno. "No HC-UFG temos o Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH), localizado na Maternidade. É um ambiente preparado para receber as lactantes e oferecer todas as orientações relacionadas ao ato de amamentar".

Além disso, o local funciona como uma sala de apoio para a trabalhadora que amamenta, com estrutura e equipamentos para a amamentação, a extração e o armazenamento do leite, que pode ser levado para casa após o fim do expediente. "Todos esses serviços funcionam simultaneamente como uma grande rede de apoio a amamentação. Nossos profissionais são envolvidos e também contribuem com a amamentação no dia a dia da assistência às usuárias da Maternidade e da Unidade Neonatal”, enfatiza Eliane.

Amamentação HC
Leite materno armazenado no HC-UFG (Foto: HC-UFG)

Experiências de lactantes

Jamile Silva Nobrega, de 24 anos, trabalhou como porteira no HC-UFG de julho de 2024 a agosto deste ano, e contou com apoio da unidade enquanto amamentava a filha Elisa Nóbrega de Sousa, hoje com dois anos e quatro meses. "Fui recebida com muito carinho pela equipe da Maternidade. O leite materno salva vidas e eu amei a experiência de amamentar. Fortalece a conexão que a mãe tem com o bebê".

A função principal do PCLH é a captação de leite materno, o que inclui serviços de atendimento a lactantes, cadastro e triagem de doações. Posteriormente, todo o leite doado é enviado ao Banco de Leite do hospital para ser pasteurizado.

Uma vez que a campanha Agosto Dourado aborda a amamentação como um pilar para a redução da mortalidade infantil, o desenvolvimento saudável das crianças e o bem-estar das mães, a enfermeira Eliane reforça que a doação de leite materno é a extensão da amamentação para bebês vulneráveis. "Bancos de leite humano são cruciais na promoção do aleitamento materno e na nutrição de bebês prematuros e de baixo peso, que não podem ser amamentados diretamente por suas mães. A amamentação é um direito da mãe e do bebê".

Eduarda Moreira, de 20 anos, é a doadora mais frequente do Banco de Leite do HC-UFG, chegando a contribuir com cerca de 800ml por dia. "Minha bebê ficou internada por 15 dias e não pude amamentá-la. Isso me motivou a doar para outros bebês. O leite materno é um dos alimentos mais completos que existem. É superimportante para as crianças e principalmente para recém-nascidos".

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a amamentação é recomendada até os dois anos ou mais, e deve ser a forma exclusiva de alimentação de bebês até os seis meses. Além de reduzir a mortalidade infantil, contribui para o desenvolvimento do sistema imunológico da criança e traz impactos positivos para a saúde da mulher, como a recuperação do peso, a redução de risco de hemorragia pós-parto e de desenvolver câncer de mama, ovário e endométrio.

"Os benefícios são muitos e inquestionáveis", pondera Eliane. "As atitudes tomadas pelas pessoas que integram os sistemas de apoio das mães influenciam diretamente no período de amamentação e no prolongamento dessa prática".

 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Agosto Dourado saúde Notícia 4