
Robôs com DNA goiano enchem a UFG de tecnologia e inovação
I Expo Robótica abriu os olhos de estudantes de ensino médio para as possibilidades da área
As amigas do Colégio Estadual Nazir Safatle, de Goiânia, já vislumbram carreiras nas engenharias (Foto: Júlia Barros/Secom UFG)
Caroline Pires
Uma imersão na tecnologia em suas mais diversas formas. Uma demonstração de que não há idade para um trabalho colaborativo e em equipe, capaz de inspirar, competir internacionalmente e reforçar o papel da universidade pública na ciência e inovação. Foi com esse espírito que a Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação (EMC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou o I Expo Robótica Goiás, uma feira de tecnologia que destacou o protagonismo estudantil dos alunos no desenvolvimento e execução de produtos tecnológicos.
O evento foi encabeçado pelos professores Cacilda Ribeiro e Marco Antônio Assfalk, e teve na comissão organizadora o Núcleo de Robótica Pequi Mecânico e o Centro de Excelência em Redes Inteligentes Sem Fio e Serviços Avançados (Cerise). A atividade reuniu 41 expositores e foi realizada no Centro de Aulas do Câmpus Colemar Natal e Silva, na última sexta-feira (29/8).
Acesse aqui as fotos do evento.
Cada sala da EMC recebeu os projetos que foram demonstrados e apresentados aos visitantes, permitindo a troca de informações e experiências não só com os visitantes, mas também entre as próprias equipes que trabalham com robótica e tecnologias emergentes. Diversas escolas públicas e particulares estiveram presentes para conhecer de perto as dezenas de projetos apresentados.
"Sem dúvida esse evento só é possível graças às parcerias realizadas e a integração entre ensino, pesquisa, inovação tecnológica e a sociedade. A Expo Robótica destacou nossa vocação para a atuação extensionista", afirmou Cacilda Ribeiro.
A professora Katia Kopp, da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA), acompanhou um grupo de meninas do Colégio Estadual Nazir Safatle, localizado no Jardim Curitiba, em Goiânia, que têm interesse em fazer cursos na área de exatas. "Nosso objetivo é despertar cada uma delas para essa área, aumentando o número de mulheres fazendo ciência, também com a matemática", defendeu a professora.
A coordenadora do colégio, Vânia Silva, lembrou que as estudantes já haviam realizado imersão científica na UFG e participaram de um grupo de estudos na área. "A ideia é realmente disseminar o amor pela matemática e pela ciência como um todo", pontuou.
Entre os olhos curiosos e atentos dessas futuras engenheiras estavam os de Giovana Souza, Vitória Rodrigues, Yasmin Tavares e Maria Eduarda Alves, todas no primeiro ano do ensino médio. "Eu não gostava dessa área, mas depois de conhecer melhor e ser apresentada a essas possibilidades tecnológicas, estou decidida a fazer Engenharia, só não sei qual ainda", brincou.
"Amo saber como as coisas funcionam e gosto da ideia de construção. Ainda não sei se vou fazer Engenharia Mecânica ou Civil, mas o projeto só me deixou ainda mais interessada em estudar matemática", completou Yasmin.
Robô humanoide desenvolvido no Núcleo de Robótica Pequi Mecânico (Foto: Júlia Barros/Secom UFG)
A Expo Robótica possibilitou ainda a imersão dos estudantes de graduação, que puderam ser monitores voluntários durante o evento. Eles puderam experimentar uma proximidade maior com os projetos tecnológicos da UFG e ainda ter o contato com os visitantes da ação de extensão.
É o caso de Luiz Fernando Leal, que ingressou na UFG neste segundo semestre de 2025, no curso de Ciências da Computação, e foi monitor de um dos projetos. "Tenho apenas 15 dias na UFG, mas já estou muito feliz de poder participar. Sempre tive muito interesse na área de tecnologia e acredito que será uma oportunidade muito importante de desenvolver minhas habilidades".
Estudantes da UFG aprimoram drones para serem controlados por gestos (Foto: Júlia Barros/Secom UFG)
Pequi Mecânico
Criado em 2010, o Pequi Mecânico é um núcleo de robótica que realiza seleções anuais para que novos estudantes da UFG tenham a oportunidade de vivenciar experiências tecnológicas. São desenvolvidos projetos em várias categorias: humanoid (que desenvolve robôs humanoides que jogam futebol); @home (para assistência doméstica); SSL-EL, que desenvolve robôs autônomos para time de futebol; e o Flying Robots (com drones autônomos de inspeção e resgate).
Gabriel Pettro cursa Engenharia Elétrica e participa do Pequi Mecânico há mais de um ano. "Participamos de competições no Brasil e nosso objetivo é sempre alcançar o Robocup, que é a maior competição internacional da área. A própria seleção para ingressar no Pequi Mecânico já é um desafio para pensar em resoluções de problemas".
Apresentando um drone, construído na categoria Flying Robots do Pequi Mecânico e que está sendo aprimorado para ser controlado por gestos, Igor Andrade e Pedro Lemes, estudantes de Engenharia Física e Ciência da Computação, mostraram a potencialidade do equipamento, que será capaz de identificar e fazer o transporte de pacotes de maneira rápida e segura.
Do outro lado da mesa estava Lavínia Sudário, de 11 anos, acompanhada da mãe, Rafaela Sudário, atenta e interessada em entender o que estava por trás dos fios e componentes eletrônicos. Ela começou a fazer robótica no colégio onde estuda e está empolgada com a possibilidade de que seja ela, no futuro, a desenvolver esse tipo de projeto. "Estou pensando em fazer Engenharia Mecânica", animou-se a menina.
Rafaela acompanhou a filha Lavínia, que pensa em cursar Engenharia Mecânica (Foto: Júlia Barros/Secom UFG)
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Fonte: Secom UFG
Categorias: Tecnologia EMC EECA Notícia 3