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Universidade Federal de Goiás
seminário jornalismo

Os desafios do jornalismo no mundo da inteligência artificial

Em 03/09/25 10:25. Atualizada em 03/09/25 10:27.

Crise no jornalismo moderno é debatida por especialistas na Semana do Jornalismo 2025

 

Fernando Cardoso

O jornalismo moderno tem passado por diversos desafios e lutas nos últimos anos. Questões como a ascensão da internet e redes sociais, a crise de credibilidade do jornalismo e o desafio da inteligência artificial têm se mostrado desafios no cotidiano da produção jornalística. 

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Esses desafios foram discutidos pelas jornalistas e professoras Ana Mielke e Maria José Braga em uma mesa-redonda coordenada pela professora da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás, Mariza Fernandes. A roda de conversa foi parte da Semana do Jornalismo 2025, evento realizado do dia 01 até o dia 05 de setembro, na sala 56 da FIC - UFG.

Ana Mielke discutiu a ascensão da internet, o surgimento das redes sociais e seu impacto na produção de conteúdo — que prioriza o engajamento em detrimento da informação de interesse público — e o desafio da inteligência artificial. “A inteligência artificial está nos colocando em um novo desafio que é: como garantir que o jornalismo seja um lugar de produção criativa das histórias sobre o mundo”.

Ana argumentou que a inteligência artificial deve ser regulamentada pois ela copia e reproduz o conteúdo produzido por humanos. “Projetos de lei que garantam que a produção jornalística seja identificada, porque é um conteúdo humano que está sendo apropriado e sendo reproduzida infinitamente”. A jornalista propôs que as grandes plataformas devem remunerar os profissionais por esse conteúdo apropriado.

Maria José Braga argumenta que a crise de credibilidade do jornalismo tem múltiplas causas, e é gerada pelo próprio modelo de negócios e pelo movimento de descredibilização intencional, orquestrado por um grupo político de extrema direita que buscava crescer descredibilizando a informação jornalística. Ela explica que “no meio disso tudo, o próprio mecanismo das redes sociais, baseados em cliques, lucro e engajamento, também gerou uma polarização dentro da política que buscou a deslegitimação das instituições sociais”. 

A jornalista acrescenta que outro problema que o jornalismo vem sofrendo, — em especial nos grandes veículos comerciais — é a mimetização ou adoção do formato das redes sociais. Ela argumenta que o jornalismo não combina com a lógica das redes sociais, pois estas buscam despertar emoções, enquanto o jornalismo requer pensamento crítico.

 

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Fonte: Secom UFG

Categorias: Jornalismo e IA Fic Notícia 3 Humanidades