Icone Instagram
Ícone WhatsApp
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
Mutirão indígena

HC-UFG realiza Mutirão de Saúde Indígena com mais de 100 atendimentos

Em 21/11/25 12:10. Atualizada em 21/11/25 12:10.

Mobilização fez parte do programa Ebserh em Ação: Mais Especialistas

 

Mutirão indígena
Asaku Kalapalo e Maísa Nafukua levaram o filho Welison Kalapalo, de dois meses de idade, para ser atendido no HC-UFG | Foto: Divulgação/HC-UFG

 

Thalízia Cruvinel

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou, entre 3 e 14 de novembro, um mutirão de atendimentos voltados para a saúde indígena, por meio do Programa Ebserh em Ação: Mais Especialistas – resultado de uma parceria da estatal com o Ministério da Saúde, visando à otimização e redução de filas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Somente na primeira semana de atendimentos, foram realizados mais de 100 procedimentos, incluindo 35 consultas nas especialidades de cardiologia, cirurgia plástica, clínica médica, dermatologia, endocrinologia, fisioterapia, fonoaudiologia, ginecologia, ortopedia, otorrinolaringologia, neurologia, pediatria, pronto-socorro, psiquiatria e urologia; e 92 exames: audiológicos, citopatológicos, ecocardiograma transtorácicos, eletroneuromiograma, laboratoriais, raios-X, ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas e ultrassonografias.

Os pacientes indígenas foram encaminhados pela Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Goiânia e de Querência (MT), pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) Araguaia, Xingu e Xavante, por professores do curso de licenciatura em Educação Intercultural Indígena da UFG e pela Diretoria de Ações Afirmativas da Secretaria de Inclusão da UFG.

Yohan Kanela, mulher indígena pertencente ao povo Kanela do Araguaia, no estado de Mato Grosso, e atualmente estudante do curso de Agronomia da UFG, está grávida de 23 semanas e veio fazer seu pré-natal no HC-UFG. "Eu saí de uma consulta ginecológica em que eu fui muito bem tratada, acolhida e respeitada nas minhas especificidades enquanto mulher indígena", destacou.

O casal Asaku Kalapalo e Maísa Nafukua, pai e mãe do bebê Welison Kalapalo, de dois meses de idade, trouxe o filho para iniciar tratamento na Pediatria. A técnica de enfermagem Marineusa Kanela trabalha na Casai Goiânia, que estava acompanhando uma criança indígena no atendimento na Pediatria, relatou que já foi atendida no HC-UFG e a importância desse atendimento especializado para os povos indígenas.

"Todas as vezes que eu venho acompanhar um paciente, para nós é muito gratificante estar aqui, em um hospital que fornece especialidades que a gente não tem nas aldeias. E eu também me recordo de que eu também já fui atendida aqui como paciente, porque há alguns anos eu tive dois filhos aqui no HC. Eu lembro que eu fui muito bem recebida, as profissionais tratam a gente com tanto amor que a gente se sente tão grata. Então, quando a gente olha essa imensidão, é muito gratificante. E cada vez que eu venho com um paciente e que se resolve o caso desse paciente, eu saio com o coração sorrindo de alegria e grata".

Para o superintendente do HC-UFG, José Garcia, o mutirão representa uma ação concreta para reduzir as desigualdades no acesso aos serviços de saúde. "Populações indígenas em geral enfrentam maiores barreiras geográficas, culturais e socioeconômicas para obterem atendimento médico regular. Levar assistência a essas comunidades é um passo essencial para cumprir o princípio da universalidade e equidade do SUS", ressalta.

 

Receba notícias de ciência no seu celular
Siga o Canal do Jornal UFG no WhatsApp e nosso perfil no Instagram.

É da UFG e quer divulgar sua pesquisa ou projeto de extensão?
Preencha aqui o formulário.

Comentários e sugestões
jornalufg@ufg.br

Política de uso
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal UFG e do autor.

Fonte: HC-UFG

Categorias: saúde HC Notícia 1