Icone Instagram
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás

Como manter uma alimentação saudável

Em 16/06/10 08:03. Atualizada em 21/08/14 11:45.
Professora da Faculdade de Nutrição (Fanut), Veruska Prado, desmente a ideia de que comer bem requer altos gastos. Na verdade, o problema é de adequação do orçamento e de educação alimentar. Ela nos dá algumas dicas

Patrícia da Veiga

 

Ao comer um sanduíche com carne, ovo, queijo, batata frita, presunto, milho e ervilha em conserva, bacon, entre outros condimentos, acompanhado de algum líquido gaseificado, poderemos gastar de R$ 6,00 a R$ 10,00, em média, e teremos a sensação de saciedade imediata. Contudo, trata-se de um engano para o nosso organismo, porque esses alimentos têm uma grande quantidade de lipídios e açúcares e poucos nutrientes. “A relação do homem com a gordura vem dos ancestrais. A gordura é uma reserva do corpo, nós precisamos dela. Mas, nos nossos dias, esses alimentos não são mais para guardar energia. Trata-se de um estilo de vida prejudicial”, comenta Veruska.

 

Por isso é que a boa alimentação não está relacionada à quantidade ou à “barriga cheia”, mas sim à qualidade. Conforme ensina Veruska, a alimentação saudável não é cara, nem deve ser um luxo. Depende, sim, de um novo olhar. “As frutas ressecadas, por exemplo, podem substituir um doce e o suco de caixa pode ceder lugar ao de polpa, que também é industrializado, mas tem menos conservante”, recomenda. Ela faz as contas e aponta que, se cada saquinho de suco em pó, custando em média R$ 0,35, for substituído por uma laranja ou uma banana, por exemplo, o corpo humano terá mais energia. “Uma laranja pode não ser suficiente para a família inteira, mas, um litro de suco não vai saciar a necessidade que as pessoas têm da vitamina”, analisa.

 

Na Fanut, grupos de extensão e pesquisa como o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (Cecane), coordenado por Veruska, e o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição (Cecan), coordenado pela professora Estelamaris Tronco Mônego, desenvolvem ações de reeducação alimentar que levam, cada vez mais, a cultura e a sociedade em consideração. Esses grupos têm se dedicado tanto à pesquisa como à extensão, envolvendo escolas e famílias, para que o hábito alimentar seja compreendido e, quando necessário, alterado sem muitos traumas. “Toda nutricionista sempre procura saber primeiro do que a pessoa gosta ou quais são seus costumes. Não é preciso interferir na cultura”, afirma Veruska.

 

As definições vem a ser uma alimentação saudável são orientadas pelo Ministério da Saúde. Vale a máxima do prato colorido, diversificado, mas que respeite a cultura. Logo, arroz com feijão, para o brasileiro, ainda faz bem.

Complemento  "Ao analisar o prato, é preciso precaução", aqui.

Veja conteúdo impresso Jornal UFG, aqui.

Fonte: Ascom/UFG