Comunidade científica discute sobre e
O Plano Nacional de Pós-Graduação é o documento que norteia as políticas públicas de qualificação de pessoal em nível superior no Brasil. De que forma esse plano contempla os estudantes da pós-graduação que queiram trabalhar na iniciativa privada?
Divina Cardoso – Chegou um momento em que o Brasil voltou a sua preocupação para o ensino. Mas a formação dos nossos pós-graduandos, em muitas áreas do conhecimento, e não só nas áreas tecnológicas, está um pouco a dever na formação de docentes. Temos um número impressionante de faculdades e universidades no país, a maioria particulares. Elas devem receber os egressos da pós-graduação. Hoje, na concepção do Fórum de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação (Forprop), a formação docente necessita ser revista, o que influencia vários aspectos. A universidade precisa do mestre e do doutor, mas as indústrias também. Há uma política nacional que incentiva essa aproximação. As indústrias precisam fazer seus incrementos, usando nossas matérias-primas, e não só trazê-los de fora. Para isso é preciso que haja nas indústrias o sistema de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), em que o doutor e o mestre estejam capacitados não só para pensar a ciência, mas também para ensinar. A função dos docentes nas empresas é fundamental, pois todo o processo da empresa passa por uma necessidade contínua de reciclagem de seus componentes.
Fonte: Kharen Stecca e Michele Martins