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Universidade Federal de Goiás
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Dos laboratórios à vida cotidiana

Em 14/03/11 00:05. Atualizada em 21/08/14 11:45.
Em entrevista o diretor do Instituto de Química, Neucírio Ricardo Azevedo falou sobre o panorama das pesquisas na área de Química no Centro-Oeste

Como se pode caracterizar o desenvolvimento da área de química no Centro-Oeste?

A importância da química no Centro-Oeste é grande, principalmente por causa do agronegócio. Aqui desenvolvemos muitas formulações de novos nutrientes para a agropecuária, como a produção de fertilizantes que serão aplicados nas plantações de soja e também um pouco de cana-de-açúcar e milho. Então, nesse âmbito a química atua, mas isso não é química fina. Química fina que em Goiás restringe-se às instituições públicas Universidade Federal de Goiás ou Universidade Estadual de Goiás.

 

E como isso repercute na região ou no estado?

É horrível. Porque é como se o profissional fosse, na verdade, apenas um embalador.

 

Qual o panorama da pesquisa nessa área aqui na região?

Existem várias redes de pesquisa vinculadas à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e aqui no Instituto de Química temos um grupo forte trabalhando, parceria com a Universidade de Brasília (UnB), no desenvolvimento de novos materiais, nanocompósitos e fluidos magnéticos. Os fluidos magnéticos servem, por exemplo, para limpar as águas atingidas por derramamento de petróleo. Nessa área trabalhamos com o professor Andris Bakuzis do Instituto de Física da UFG. Então, trata-se da química em uma vertente aplicada. Isso é química fina, quando conseguimos produzir algo novo. E, além disso, temos aqui o grupo de química básica, que investiga e produz conhecimento para o desenvolvimento de coisas novas. Na vertente da química de materiais e química básica, há a área de fotoquímica, que é de química de plantas, ecologia química do Cerrado. Tem ainda a área de computação de computação para o desenvolvimento de novos modelos de previsão para reações químicas de estabilidade de moléculas que auxilia e também a parte de química ambiental, com os novos professores que recebemos por meio do Reuni. E há também o tratamento de regentes que é muito importante. E temos de parar de jogar lixo em mananciais e essa é outra área que temos aqui também.

 

Na prática, como os resultados dessas pesquisas têm beneficiado a sociedade?

Temos já independência em termos de pesquisa aqui dentro. Já registramos algumas patentes de produtos. Nossa produção científica é algo palpável. Temos uma produção cientifica muito rica em termos de artigos divulgados em periódicos e revistas especializadas.

 

Veja conteúdo exclusivo, impresso no Jornal UFG.

 

 

Fonte: AscomUFG