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Universidade Federal de Goiás

Levantamento define perfil de consumo de jovens universitários brasileiros

Em 14/03/11 08:39. Atualizada em 24/01/12 08:26.
Pesquisa realizada pela USP em parceria com órgão federal aponta que 89% dos universitários já consumiram alguma droga

Gilmara Roberto

 

No ano de 2010, o Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo realizou o I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras. O estudo foi realizado em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) e aponta o perfil de consumo de álcool e outras drogas entre os jovens universitários brasileiros.

 

De acordo com a pesquisa, 89% dos universitários já fizeram uso, ao menos uma vez na vida, de alguma substância psicoativa, que vão dos tranqüilizantes ao álcool e drogas ilícitas. Dentro dessa população, 49% dos entrevistados já fizeram uso de substâncias ilícitas, 47% de tabaco e 86% já experimentaram álcool.

 

O estudo traz dados sobre o histórico do consumo de drogas na vida do entrevistado, nos últimos 12 meses e nos últimos 30 dias e os relaciona, entre outros dados, com o perfil e desempenho acadêmico dos universitários.

 

O levantamento apontou ainda que a maconha é a substância mais frequentemente usada, seguida pelos anfetamínicos (medicamentos usados para o emagrecimento e perda de apetite), tranquilizantes, inalantes e alucinógenos. Quanto ao uso de substâncias ilícitas, a pesquisa apontou que os maiores consumidores são universitários de instituições privadas e com mais de 35 anos.

 

A pesquisa retrata ainda o consumo de drogas de acordo com área de conhecimento em que estudam, sexo, região do país que habitam e ainda compara os dados de consumo dos jovens universitários brasileiros com a população geral e com jovens estadunidenses.

 

Em Goiânia, os universitários pesquisados são da UFG e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). A presidente da Comissão dos Estudos Sobre Drogas na UFG, Tânia Maria da Silva Ferreira, acredita que esse levantamento oferece os subsídios para que se possa pensar o que as universidades brasileiras podem fazer para combater o consumo de risco de drogas entre seus estudantes.

 

Órgãos Federais – A Senad (http://www.senad.gov.br/index.htm) é o órgão do Governo Federal responsável por realizar diagnósticos sobre as condições do consumo de drogas pela população, capacitar os profissionais que trabalham diretamente com o tema drogas e implantar projetos que ampliem o acesso da população a informações sobre o consumo de drogas.

 

No ano de 2002, a Senad lançou o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid) com o objetivo de reunir o conhecimento disponível sobre drogas para fundamentar o desenvolvimento de programas e intervenções que busquem a redução de demanda e oferta de drogas no país. No site da Obid (http://www.senad.gov.br/obid/obid.html), é possível ter acesso a um grande número de pesquisas e informações sobre drogas no Brasil.

Além disso, a Senad é responsável por coordenar a implementação da Política Nacional sobre Drogas (PNAD) e da Política Nacional sobre Álcool (PNA).

 

Crack – O Governo Federal disponibiliza uma página na internet (http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack) que contém informações detalhadas sobre as características e os efeitos do crack no organismo. O espaço é usado também para responder perguntas sobre a droga e traz uma série de informações sobre como lidar com o consumo da droga, além da listagem de programas desenvolvidos pelo Governo a partir da política de enfrentamento ao crack.

Fonte: AscomUFG