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Universidade Federal de Goiás

Serviço Social atrai estudantes de Goiás e municípios arredores

Em 11/04/11 07:28. Atualizada em 24/01/12 08:26.
O curso é fruto da renovação possibilitada pelo Reuni, mas atende a demanda antiga no estado

 Tiago Gebrim

Em 2008, em meio aos projetos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (o Reuni), a UFG decidiu implantar um câmpus na cidade de Goiás, onde mantinha apenas uma extensão do curso de Direito. Para consolidar esse ato, além de levar para a cidade o curso de licenciatura em Filosofia, a universidade atendeu a uma demanda de quase quinze anos e criou o curso de Serviço Social. A primeira turma da nova graduação (bacharelado) iniciou-se logo no ano seguinte. Hoje, já com três turmas em andamento, o curso atende à demanda por formação superior da própria cidade de Goiás e de municípios vizinhos, como Itapuranga, Itaberaí, Mossâmedes, entre outros. Anteriormente à graduação da UFG, somente a Pontifícia Universidade Católica de Goiás, sediada na capital goiana, oferecia essa graduação.

Trabalho

A profissão do assistente social é relativamente antiga. O primeiro curso de Serviço Social surgiu no Brasil em 1936, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Entre os fatores favoráveis à criação da profissão nessa época estavam os ares de mudança de regime (vivia-se a Era Vargas), a criação das políticas trabalhistas e os desdobramentos da abolição da escravatura, ocorrida há menos de meio século. Contudo, esse curso era muito atrelado aos padrões morais da Igreja Católica. “Somente em 1949, ao ser regulamentado como profissão, o Serviço Social desvinculou-se desses valores”, informa a atual coordenadora do curso de graduação em Serviço Social da UFG, Gláucia Lelis Alves.

Desde o início, o principal contratante do assistente social é o Estado, uma vez que esse profissional atua predominantemente no campo das políticas públicas. Há demandas em áreas da saúde, assistência social e previdência social, além da habitação e meio ambiente. Saindo desse perfil, o profissional também é requerido nas assessorias de ONGs e em empresas privadas, ficando a cargo de suas políticas sociais. A partir da década de 1980 os assistentes rompem com o conservadorismo e deixam de atender somente ao poder instituído, voltando a atenção para os movimentos sociais e a defesa dos interesses dos trabalhadores e minorias. “O Serviço Social esteve envolvido na construção da Lei Orgânica da Saúde, no Estatuto da Criança e do Adolescente, na Lei Orgânica da Assistência Social e nos conselhos gestores de políticas públicas”, informa a professora Gláucia. A remuneração varia entre R$ 960, piso estabelecido em 2008, e cerca de R$ 4000.

Fonte: Ascom/UFG