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Universidade Federal de Goiás
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Projeto busca salvar maior primata das Américas

Em 28/10/16 11:03. Atualizada em 29/11/16 16:09.

Professor da Regional Jataí é o responsável técnico do projeto de avaliação ambiental para evitar a extinção do macaco

Muriqui e filhote

 

Caroline Pires

Fotos: Daniel Ferraz

As ações da universidade não devem se limitar aos muros de seus laboratórios. Consciente dessa responsabilidade, o professor Fabiano Rodrigues de Melo, da Regional Jataí, encabeça um premiado programa de conservação dos macacos muriquis-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), do estado de Minas Gerais. Estes animais estão enquadrados na categoria “em perigo crítico” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Isso significa que, caso nada seja feito com urgência, em breve os macacos serão extintos da natureza.

Consciente da necessidade de rápida atuação, o projeto se apresenta com o objetivo de auxiliar na preservação do maior primata das Américas e que só existe no Brasil. Estima-se que existam hoje cerca de 1000 animais, que têm sido afetados pela degradação da Mata Atlântica. Com o desmatamento, os muriquis têm ficado confinados em pequenas extensões territoriais, grande parte deles em Minas Gerais.

O programa prevê a utilização de drones para realizar uma estimativa mais exata do número de primatas da espécie e a realização de uma análise da situação ambiental das regiões onde eles habitam. Fabiano Melo lembra que já houve iniciativas para  a proteção dos muriquis, mas as ações eram sempre interrompidas por falta de recursos. “Agora vamos articular as ações, o que vai permitir aprofundamentos dos estudos sobre aspectos demográficos, ecológicos e genéticos dos muriquis, além da atuação em regiões não monitoradas. Dados que subsidiam futuras ações de proteção”, explica o professor.

Financiamento

O programa de conservação dos muriquis de Minas Gerais recebeu no mês de julho a aprovação de um projeto no valor de R$ 400 mil oferecido pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. As ações serão executadas pela Organização Não-Governamental Biodiversitas, sob a responsabilidade técnica do professor Fabiano Melo. As ações serão executadas pela Organização Não-Governamental Muriqui Instituto de Biodiversidade, sob a responsabilidade técnica do professor Fabiano Melo e cuja instituição proponente é a ONG Biodiverstias. Participam também do projeto a Reserva do Ibitipoca, a Universidade Federal de Viçosa e a Storm Security.

O projeto também prevê a utilização de modelos matemáticos para avaliar as regiões mais propícias para a vida dos muriquis, por meio da análise das mudanças climáticas futuras, onde regiões com maior propensão ao fogo possam ser detectadas e evitadas, bem como a identificação de áreas mais adequadas para a sobrevivência da espécie.                              

 

Muriquis

 

Categorias: meio ambiente Edição 84