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Universidade Federal de Goiás
Engenheiros da Infância Capa

Projeto de extensão da UFG produz brinquedos educativos para alunos dos CMEIs

Em 31/05/22 12:37. Atualizada em 31/05/22 13:53.

Engenheiros da Infância já realizou ações em 11 escolas e atingiu 405 crianças

Janyelle da Mata

Garrafas pet, tampinhas plásticas, MDF e caixas de leite. O projeto de extensão da UFG, Engenheiros da Infância, transforma esses materiais em diversão e aprendizado nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) de Goiânia. Além de construir brinquedos para o desenvolvimento motor das crianças, o projeto ainda interfere na infraestrutura das escolas. A iniciativa, coordenada pelo professor da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação da Universidade Federal de Goiás (EMC-UFG), Daniel Fernandes da Cunha, também tem como objetivo a interação entre os voluntários do projeto e os alunos dos CMEIs. 

Engenheiros da Infância

A intervenção na infraestrutura das escolas, como a melhora da acústica de salas de aulas e a climatização de pátios, foi o objetivo inicial do projeto, inicialmente pensado para o CMEI Cecília Meireles, em 2018. A conquista de parcerias e voluntários direcionou a iniciativa para a construção de brinquedos pedagógicos focados no desenvolvimento motor de crianças do ensino infantil. O projeto, antes nomeado “Educação Integrada - A Universidade de volta à Educação Infantil”, com o crescimento da iniciativa, passou a se chamar  “Engenheiros da Infância”. Até 2020, o projeto já havia desenvolvido ações em 11 CMEIs e atingido 405 crianças. 

Segundo Daniel, o projeto foi pensado para facilitar o trabalho de pedagogos da rede pública de Goiânia. “O conhecimento da área de Engenharia e as máquinas disponíveis nos laboratórios das universidades podem reduzir o tempo gasto na preparação das atividades e reduzir o esforço dos profissionais”, afirmou o professor.

O projeto busca utilizar materiais de baixo custo ou recicláveis, tanto para a fabricação dos brinquedos, quanto para as intervenções na infraestrutura. Visando não apenas a melhoria no trabalho pedagógico e no aprendizado das crianças, o Engenheiros da Infância se direciona também para a diminuição do descarte de resíduos com potencial para a reutilização. 

Métodos

A iniciativa utiliza duas metodologias: uma para a fabricação dos kits de brinquedos e outra para as intervenções na infraestrutura. Antes da fabricação dos brinquedos, é feita uma pesquisa para decidir o modelo e os materiais que podem ser utilizados. Esse primeiro momento é feito dentro da UFG. Nessa fase de pesquisa, eles focam em duas vertentes: materiais e métodos, e aplicação e benefícios. Após esse momento, os participantes e voluntários iniciam a busca e arrecadação dos materiais. Em seguida, utilizam os espaços laboratoriais da Engenharia Mecânica para a fabricação dos brinquedos, integrando também alunos de fora da engenharia. A fase final é a entrega dos kits e a interação do grupo com as crianças.

Antes da intervenção na infraestrutura, é realizada uma seleção para escolha do CMEI, utilizando critérios como localização, quantidade de crianças atendidas e análise das necessidades expostas na apresentação. Após a escolha, a visita ao local ajuda a entender as particularidades da escola, assim como das famílias dos alunos. Na visita, é requisitada a presença de colaboradores, para que possam, com uma visão interior, ajudar na seleção de melhorias a serem realizadas. Em seguida, é redigido um relatório pelos alunos voluntários do projeto, descrevendo as necessidades e apontando soluções, analisando os materiais que podem ser utilizados, a aplicabilidade e a disponibilidade da equipe.

O professor esclarece que nem todas as demandas das escolas podem ser atendidas pela equipe. “Vale ressaltar que as demandas vão desde brinquedos recicláveis a infiltrações em paredes, pisos de concreto cedendo e espaços tomados por objetos sem nenhuma previsão de conserto. Torna-se impossível uma equipe assumir todas as responsabilidades da Secretaria de Educação”, afirma Daniel. Ele salienta que o foco é auxiliar esses centros, mas que algumas demandas não cabem ao projeto.

O projeto de extensão Engenheiros da Infância venceu a etapa estadual e ocupou o segundo lugar na fase nacional da 2ª edição do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora. Com a vitória do projeto, o coordenador explica que a expansão para o ensino fundamental, a replicabilidade em outras instituições e a participação de alunos do ensino médio se tornaram metas possíveis. Aumentando assim a capacidade do projeto, em consequência atingindo mais escolas e crianças. 

Fonte: Secom UFG

Categorias: Tecnologia destaque