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Universidade Federal de Goiás
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Previsão numérica do tempo e clima é tema de palestra

Em 05/07/19 14:40. Atualizada em 05/07/19 15:09.

Professor abordou a importância da previsão do tempo na sociedade

Texto: Letícia Santos

Na tarde da última quinta-feira (04/07), a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) realizou uma palestra com o tema “Previsão Numérica do Tempo e Clima: uma rápida introdução aos fundamentos, aplicações, desafios e benefícios”. O evento foi conduzido por Saulo Ribeiro de Freitas, pesquisador e físico formado pela Universidade Federal de Goiás. Em sua apresentação, o físico buscou mostrar conceitos e aplicações da previsão numérica relacionada ao tempo e clima.

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Saulo realizou Pós-Doutoramento na NASA Ames Research Center em 2001 (Fotos: Carlos Siqueira)

 

Em sua fala, o físico apresentou a história da previsão numérica. Segundo ele, foi um físico norueguês que descobriu a possibilidade de prever o tempo resolvendo um sistema de equações diferenciais e parciais e não lineares. “Posteriormente, um matemático inglês foi quem desenvolveu as primeiras técnicas e procedimentos para resolver essas equações”. De acordo com o professor, tal descoberta foi muito importante para realizar uma previsão numérica do tempo e clima em um período curto. “Não adianta começar uma previsão para amanhã e o resultado só ficar pronto daqui três ou quatro dias, por isso, a computação de alto desempenho é necessária”, afirmou.

Durante a palestra, o pesquisador mostrou diversas fórmulas físicas relacionadas a aplicações do tempo e clima. Saulo também apresentou dados de satélites e de superfície ao afirmar que a rede observacional do hemisfério norte é superior comparada à do hemisfério sul. “Isso gera uma grande vantagem para o hemisfério norte, já que eles obtêm mais dados, portanto, a previsão do tempo desse hemisfério é mais avançada”, destacou. Na década de 1980, a previsão do tempo possuía uma confiabilidade de 90% no hemisfério norte, enquanto no hemisfério sul apresentava uma taxa de 70%. O professor também apresentou nos slides, modelos de previsão numérica que utilizou em suas pesquisas. “Nesses exemplos podemos ver a previsão de chuva em tempo real. Temos também a observação mostrando a chegada de uma frente fria”, apresentou.

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A partir de gráficos de variação e temperatura, o professor afirmou que mudanças climáticas estão acontecendo em diversos lugares do mundo e que o aquecimento global é uma realidade. Para ele, esse aquecimento não é resultado da variabilidade normal da atmosfera, mas sim, uma resposta direta do aumento dos gases do efeito estufa, provocados por processos de combustão advindos da sociedade. “Todos gráficos apontam para o problema do aquecimento global. Então ele existe”, concluiu.

 

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Fonte: Secom/UFG

Categorias: Ciências Naturais