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Universidade Federal de Goiás
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Presidente do Campus Party analisa futuro das conexões em rede

Em 26/08/19 13:33. Atualizada em 27/08/19 09:10.

Francesco Farruggia apresentou diferentes inovações advindas na nova era digital

Letícia Santos

Se há 10 anos o uso de smartphones não fazia parte do cotidiano da sociedade, em 2019, casas construídas a partir de impressoras 3D e carros autônomos já estão sendo testados ao redor do mundo. Diante das mudanças advindas com o uso da nova tecnologia, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Goiás (PRPI/UFG) promoveu na tarde da última quinta-feira (22/08), a palestra “Feel The Future", com o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia.

Francesco iniciou sua fala relembrando a memorável Lei de Moore, criada por Gordon Earl Moore, co-fundador da Intel Corporation. Tal lei afirmava que a capacidade de processamento dos computadores dobraria a cada 18 meses. Segundo Francesco, a Lei de Moore rege todo o âmbito da revolução digital, não apenas no tecnológico. Como exemplo, o palestrante questionou o número exato de aparelhos telefônicos conectados a internet na atualidade. “Até fevereiro e março de 2018, chegamos a ter mais aparelhos conectados a internet do que habitantes no mundo”, afirmou. O avanço da tecnologia se expandiu de tal maneira que não são apenas objetos conectados a internet. Francesco citou que seres humanos, animais, carros e geladeiras estão sendo conectados a rede.

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Fotos: Natália Cruz

 

O 5G (Quinta Geração de internet móvel ou Quinta Geração de sistema sem fio), representa a evolução da nossa atual internet. Para o presidente do Instituto Campus Party, o futuro da internet a partir do advento do 5G é promissor. “Quando começarmos a usar o 5G, vamos ter uma explosão de internet. A velocidade dessa rede será multiplicada por 15, enquanto a capacidade dos aparelhos por Wi-Fi serão multiplicados por 100”. Tamanha velocidade impactaria diretamente no uso de carros autônomos, que precisam de internet rápida para funcionar adequadamente.

Outra questão que também pode ser influenciada com o avanço das novas tecnologias, especialmente, dos carros autônomos, seriam as leis existentes. Segundo Francesco, existem duas adversidades nessa questão. “Caso venha acontecer acidentes de trânsito e o carro precise decidir se salva a vida do motorista ou do pedestre, como ficaria essa situação?”, questionou. Francesco afirmou que nesse sentido seria um problema ético, enquanto, encontrar o responsável por ter causado o acidente, se encaixaria no âmbito das leis. “Todos os profissionais da área do direito vão vivenciar um enorme desafio, pois as leis precisam ser reformuladas a partir das emergentes tecnologias”.

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A revolução no âmbito digital representa uma nova era. Segundo Francesco, os seres humanos transitaram em quatro eras. Na primeira, desenvolveram hábitos nômades, de caçadores e recolhedores, logo após se transformaram em seres sedentários. A terceira era se despontou com o surgimento da revolução industrial, há 250 anos, a partir da máquina de vapor e o petróleo. Atualmente, a sociedade vive a quarta era, a da revolução digital. “Nos tornamos seres digitais e globais, não temos mais fronteiras. Estamos em um mundo que não estabelece mais fronteiras e devemos isso a inteligência artificial”. Ele ainda pontua que diversas profissões estão se sentindo ameaçadas com essa nova inteligência. “Assim como aconteceu na revolução industrial, muitas profissões se sentiram ameaçadas, na revolução tecnológica, médicos, jornalistas, motoristas, as mais diversas áreas também estão temerosas”, afirmou. Apesar da resistência para com as novas tecnologias, Francesco afirmou que ela não é o centro de tudo. “As máquinas vão fazer tarefas de máquinas, nós precisamos de pessoas, precisamos cada vez mais de filósofos e pensadores”.

Ao final da palestra, Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party, sorteou 30 ingressos para o evento “Campus Party”, que ocorre em Goiânia, de 4 a 8 de setembro. O evento é considerado um dos maiores encontros de tecnologia do mundo e já teve suas edições em diversos países como, Espanha, Estados Unidos, Colômbia, México, entre outros.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Tecnologia