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Universidade Federal de Goiás
Pesquisador solo

Método realiza análise de solos de forma mais rápida e eficiente

Em 12/02/20 15:49. Atualizada em 12/02/20 16:44.

A pesquisa foi feita em parceria do Instituto de Química da UFG e Embrapa

TV UFG

Para plantar é importante conhecer a terra. Em Goiânia cientistas do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás e Embrapa desenvolveram um novo método de análise de solos que dispensa o uso de reagentes químicos tóxicos e usa imagens digitais e computação. A nova tecnologia substitui dois tipos de análises de solo: a análise química que identifica níveis de nutrientes como nitrogênio, potássio; e a análise de textura que observa a matéria orgânica ou quanto possui de carbono. Saber disso influencia na quantidade de fertilizantes que é preciso para corrigir os solos.

Adilson Vilela, técnico de laboratório da Embrapa explica que a metodologia da pipeta é hoje considerada a mais eficiente. A terra é seca, moída, vai para um laboratório e recebe substâncias: água, hidróxido de sódio e hexametafosfato. É agitada por 12 horas e passa por funil, peneira, tudo para ver a quantidade de areia e argila para saber se o solo é mais arenoso ou argiloso. Segundo o técnico, esse é o método mais tradicional e considerado atualmente o mais preciso de fazer textura.

Pesquisador solo
Pesquisa é fruto do doutorado de Pedro Augusto Morais no Instituto de Química da UFG

 

No novo método que os pesquisadores estão desenvolvendo com escaneamento, não é preciso passar por essas etapas. No método da pipeta o processo leva dois dias para ficar pronto. No método novo, após ser seca e moída a amostra é escaneada três vezes e vai direto para o programa do computador. O que no modo tradicional leva dois dias para ser feito, com essa inovação leva segundos.

A pesquisa é fruto do doutorado do pesquisador Pedro Augusto Morais no Instituto de Química da UFG. Segundo ele, esse método visa substituir duas análises que são feitas no laboratório, a de textura que determina o teor de areia, silte e argila; e a segunda é a medição de matéria orgânica. Os dois servem para ver a fertilidade do solo. O método visa por meio de imagens digitais substituir o método de laboratório que usa equipamentos químicos muitas vezes de alto custo e vários tipos de vidraria.

O professor Anselmo Elcana do IQ explica que a assertividade do método é similar ao método convencional. A ideia, segundo ele não é nova, mas a adaptação permite visualizar a diferença do solo de acordo com os padrões de cor e características do solo. A metodologia é rápida,de fácil acesso e ambientalmente amigável por não aplicar produtos químicos. O custo também é baixo, estima-se R$ 1,00 real por amostra, quando o método tradicional custa em média R$ 15,00. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que o produtor possa enviar a imagem da amostra diretamente do campo.

Confira a matéria completa produzida pela TV UFG:

Fonte: TV UFG

Categorias: Ciências Naturais IQ