Tatuagem também é assunto na universidade
Aula aberta conectou estudantes e profissionais em atuação, para gerar o debate sobre tatuagem
Pedro Peralta
“Tinta que não sai da pele” foi o tema da aula aberta realizada pelo curso de Design Gráfico da Universidade de Goiás (UFG). Com a presença dos tatuadores Alessandra Favoritto, Rafael Fleury e Felipe Prado, a conversa online teve como objetivo colocar os alunos em contatos com profissionais em atuação, para gerar o debate mais íntimo sobre algumas questões que envolvem processos criativos, mercado de trabalho, sociedade e carreira.
Para debater sobre a temática e o contexto da tatuagem, os convidados buscaram falar sobre suas experiências pessoais, dificuldades e a importância da formação acadêmica para desenvolver a profissão. “Vivemos em uma sociedade de imagem e a tatuagem ganha a cada dia um lugar de destaque, mas ainda faltam iniciativas que valorizem a pele como suporte dentro da universidade e do meio acadêmico”, explica o mediador da mesa, Bruno Araujo.
Durante a conversa os tatuadores mostram como as diferentes formas de tatuagem afetam os sujeitos e a sociedade. A tatuagem passou a ter um uso estritamente estético, decorativo, em uma sociedade mediada por imagens. Por isso, ela hoje ocupa um papel de destaque dentre as produções visuais”, afirma o Bruno Araujo
Nesse cenário, os convidados explicam o processo para se profissionalizar e conseguir viver desse meio artístico e complexo. “Existem diferentes formas de construir uma carreira na tatuagem, no entanto é fundamental esse processo de aprendizagem e também de conhecer pessoas que também estão nesse cenário e também novos clientes”, afirma Rafael Fleury.
Outro ponto levantado foi sobre como a comunicação é necessária para ganhar um espaço no cenário regional. “As redes sociais são fundamentais para difundir o trabalho que a gente faz. Por meio dela conseguimos estar mais próximos dos nossos clientes e mostrar nossos processos criativos. Nesse contexto, para quem está começando é fundamental aparecer e mostrar o seu trabalho”, revela Felipe Prado.
A tatuadora, Alessandra Favoritto, explica como o meio acadêmico pode ser importante para começar e desenvolver a profissão. “No curso de Design Gráfico tirei inúmeros aprendizados, que consigo aproveitar para minha profissão, como entender sobre fotografia, estudo de cores, desenho, ilustração. O que foi algo que agregou muito para minha carreira”, afirma.
Fonte: Secom UFG
Categorias: Arte e Cultura FAV