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Universidade Federal de Goiás

Escola de Veterinária busca aliar pesquisa e sustentabilidade

Em 14/06/10 07:01. Atualizada em 24/01/12 08:26.
Professores comentam importância de elaborar projetos que visam a preservação ambiental

Por Renato Joseph

 

A última edição do Jornal UFG traz uma reportagem sobre as pesquisas  que o professor Beneval Rosa, da Escola de Veterinária, tem desenvolvido desde 1999 visando à utilização dos dejetos de suínos, aves e bovinos como fertilizantes. A instalação de grandes empresas de produção animal no estado de Goiás, com a consequente geração de dejetos de aves e suínos, levou o professor a buscar alternativas sustentáveis para esse problema. O coordenador do Curso de Veterinária, professor Marcos Barcellos Café, e o coordenador da Pós-graduação, professor Romão da Cunha Nunes, falaram ao Jornal UFG On-line sobre a importância de pesquisas que visam à preservação do meio ambiente e sobre a necessidade de envolver os estudantes, futuros profissionais, com as questões da sustentabilidade.

 

Marcos Café ressalta que todas as cadeias de produção animal geram resíduos e subprodutos com potencial elevado de agressão ao meio ambiente. Ele explica que a pesquisa deve estar sintonizada com as necessidades da sociedade. “Os projetos de pesquisa precisam buscar soluções e produzir conhecimento que possibilitem o uso adequado dos resíduos e subprodutos de forma que não causem poluição ou agressão ao meio ambiente”, destacou Marcos Café.  

 

Para ele, a pesquisa com caráter sustentável vai contribuir na identificação do problema e trabalhar na busca de alternativas que contribuem para a conservação da biodiversidade. “Não se pode investir na produção animal e deixar os poluentes que são gerados para trás. É necessário fazer a reciclagem desses produtos”, explicou Marcos Café. O professor lembra que a Escola de Veterinária tem oferecido aos produtores oficinas, workshops e palestras. A ideia é dar a eles subsídios para que trabalhem de maneira ecologicamente correta.

 

O coordenador de pós-graduação da Escola de Veterinária, Romão da Cunha Nunes, ressalta que pesquisas como a do professor Beneval Rosa,  servem de alerta aos produtores e possibilita que cada um repense  a sua maneira de trabalhar. Ele destaca que a escola vem conscientizando e orientando os seus alunos, futuros profissionais. “Tanto no ensino quanto na pesquisa, temos mostrado que a contaminação ambiental é intensa e precisa ser solucionada”, completou Romão da Cunha.

 

Segundo o professor, a Escola de Veterinária tem uma longa história de parcerias com empresas privadas do estado objetivando desenvolver alternativas que minimizem os impactos ambientais. “Nessas parcerias estudamos soluções sustentáveis para os problemas e desafios da produção animal”, destacou Marcos Café. Ele afirma que atualmente a sustentabilidade é uma demanda de mercado, uma vez que as grandes empresas perceberam a importância de suas marcas estarem ligadas à não agressão ao meio ambiente. “Essas empresas empregam tecnologias que não agridem e levam as informações ao consumidor por meio do marketing, fazendo com que ele identifique no produto uma garantia de sustentabilidade”, destacou Marcos Café.

 

Ele acredita que, pela importância global e estratégica de temas ligados à sustentabilidade, é muito importante que os projetos de pesquisa da Escola de Veterinária contemplem esses aspectos. O professor considera essencial que quando temas importantes como sustentabilidade e meio ambiente estão sendo amplamente trabalhados na mídia e na sociedade, eles precisam ser discutidos com os alunos. “Nas reuniões de planejamento identificamos os temas para trabalhar de maneira interdisciplinar e transdisciplinar, ou seja, os conteúdos perpassam as disciplinas e cada uma delas faz uma abordagem diferente”, ressaltou Marcos Café. Para ele é, por meio desse método que o aluno tem a chance de aprender sobre sustentabilidade a partir de diferentes pontos de vista de atuação da Medicina Veterinária.

 

 

Fonte: Ascom/UFG