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Universidade Federal de Goiás
Inteligência artificial

O uso da inteligência artificial no cotidiano humano

Em 05/04/19 15:37. Atualizada em 05/04/19 18:18.

Workshop realizado pelo Instituto de Informática da UFG apresentou inúmeras possibilidades a partir dessa nova tecnologia

Por Letícia Santos

Fotos: Natália Cruz

 

Desde a revolução industrial, o desenvolvimento de ferramentas que auxiliam a vida humana é contínua. A tecnologia é uma delas. Computadores, smartphones, sistemas de vigilância, tudo está presente no cotidiano das pessoas a partir da Inteligência Artificial (IA). O conceito dessa nova inteligência está relacionada com a capacidade das máquinas de pensarem como seres humanos, de maneira rápida e precisa.

O custo da produção da inteligência artificial é um dos pontos positivos dessa nova tecnologia. À medida que a IA melhora o processamento de máquinas e equipamentos já existentes, ela também possibilita uma maior rapidez na produção de produtos, comparado com o trabalho manual de seres humanos em empresas. Isso pode vir a acarretar lucros e economia de tempo para a produtividade industrial.

Inteligência artificial

A partir desse contexto, estudantes do programa de pós-graduação do Instituto de Informática (INF) da Universidade Federal de Goiás puderam expor suas pesquisas no workshop de Inteligência Artificial, realizado na última quinta-feira (04/04), no hotel Mercure Goiânia. João Paulo Martins, Igor Muniz e Marcel Felipe foram alguns dos estudantes que produziram trabalhos sobre essa nova tecnologia.

Com o objetivo de melhorar o trabalho de publicitários e agências de publicidade, os três estudantes desenvolveram um sistema capaz de recomendar anúncios publicitários em tempo real por meio de mídias digitais. A propaganda escolhida no momento é direcionada para um determinado público-alvo, em telas e paineis digitais instalados em locais públicos. Os estudantes explicam que tal recomendação publicitária é feita a partir da análise de características físicas das pessoas que estão transitando em frente a estas telas e painéis. “O programa automaticamente vai no banco de dados que os anunciantes inseriram no sistema e escolhe a melhor propaganda para o público que está perto no momento”, afirma Marcel. Os estudantes contam também que o projeto já saiu da teoria e está funcionando em alguns lugares de Goiânia. “O programa está operando na Faculdade Sul Americana (FASAM) e em uma drogaria do bairro Cardoso”.

Inteligência artificial no combate de doenças mentais

A tecnologia atinge os mais diversos âmbitos da vida humana. É o caso da Inteligência Artificial aplicada na medicina para ajudar no diagnóstico de doenças com precisão, como é o cenário das diferentes doenças mentais.

Inteligência artificial

A depressão é o transtorno mental que vem se tornado mais comum nos últimos tempos e já atinge 300 milhões de pessoas pelo mundo, sendo que destas 11,5 milhões são brasileiros. Um dos principais desafios relacionados a depressão é a dificuldade em constatar a doença em um paciente. A partir disso, a estudante Larissa Vaconcellos desenvolveu um programa usando ferramentas da inteligência artificial capaz de detectar a depressão em uma pessoa antes mesmo que o próprio paciente se dê conta da proporção e gravidade de sua saúde mental.

Segundo a estudante, o projeto foi desenvolvido a partir de técnicas da informática, como o deep learning, para auxiliar na identificação da doença por meio de amostras de áudios de fala. O sistema desconsidera o conteúdo reproduzido pela pessoa e promove a análise a partir da tonalidade da voz do paciente. “Como o programa observa a tonalidade da voz, o idioma não seria uma barreira para detectar a depressão”, afirma Larissa.

Inteligência artificial

As novas tecnologias despontam para contribuir significativamente no diagnóstico de doenças mentais, já que muitos pacientes se sentem mais à vontade com o uso de uma abordagem passiva, comparada a uma conversa tradicional com um médico especialista. Diante dessa perspectiva, o estudante Fabrício Alves desenvolveu sua pesquisa na investigação de suicídios em pacientes diagnosticados com transtorno bipolar. De acordo com seu trabalho, pacientes com esse transtorno possuem 15 vezes mais chances de cometer suicídio que a população mundial.

O estudante analisou algarismos de aprendizado de máquina para fornecer modelos de decisões clínicas em um nível individual, e assim, contribuir na prevenção do suicídio. Segundo Fabrício, essa tecnologia pode fornecer aos profissionais de saúde e às organizações, importantes recursos, que permitem identificar fenótipos e promover modelos para decisões clínicas em um âmbito personalizado para cada indivíduo. “O objetivo do programa é encontrar características nos pacientes para que assim, a medicina passe a ser personalizada”.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Tecnologia