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Universidade Federal de Goiás
Popularização 1

Conheça alguns dos projetos de popularização da ciência da UFG

Em 16/05/19 20:36. Atualizada em 17/05/19 10:28.

Iniciativas foram apresentados durante uma reunião ampliada promovida para compartilhar experiências de divulgação científica

Luiz Felipe Fernandes

Com o objetivo de mapear as ações de popularização da ciência promovidas pela comunidade acadêmica da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi realizada nesta terça-feira (16/5) uma reunião ampliada em que foram compartilhadas experiências que trabalham com divulgação científica. Foram apresentados 11 projetos de diversas unidades, que têm como foco a popularização da ciência.

"Esta reunião surgiu justamente por sabermos que tem muita gente fazendo muita coisa na Universidade", afirmou o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, completando que a divulgação do conhecimento científico é essencial para que a sociedade se engaje na luta em defesa das instituições públicas de ensino superior.

Conheça alguns dos projetos apresentados na reunião:

 

Popularização 1

Professora Andrelisa Santos de Jesus fala sobre o projeto Multiplicando Saberes sobre Solos (Fotos: Pedro Gabriel)

Conhecendo o solo

Três iniciativas contemplam a divulgação de conhecimentos relacionados ao solo. Executados por professores e estudantes dos cursos do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa), os projetos Carste na Escola, Solo na Escola e Multiplicando Saberes sobre Solos trabalham com essa temática por meio de ações educativas em escolas e comunidades.

O primeiro leva informações sobre o carste, um tipo de relevo geológico formado por rochas que sofrem dissolução química, levando à formação de cavernas. Segundo a estudante de Ciências Ambientais Aline Oliveira, o sistema cárstico é frágil e está exposto à contaminação pela poluição, daí a importância de conscientizar a população.

O correto manejo do solo é abordado pelo segundo projeto, que tem o desafio de conciliar o desenvolvimento, a produção de alimentos e a conservação dos recursos naturais. Com experimentos, exposições, jogos e outras atividades pedagógicas, estudantes e professores da educação básica recebem informações sobre a fragilidade do solo e os impactos da ação humana.

Por fim, o terceiro projeto concebe a educação relacionada aos solos como uma ferramenta de prevenção e mitigação de áreas degradadas por erosão. "Existe uma relação muito forte das pessoas com os processos erosivos, porque eles interferem diretamente na qualidade de vida", explicou a professora Andrelisa Santos de Jesus. O projeto Multiplicando Saberes sobre Solos fui um dos três indicados no Prêmio Crea Sustentabilidade, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás.

 

Popularização 3

O projeto Aprender Fazendo, apresentado pela professora Estela Leal, visa aproximar a ciência das estudantes

Mulheres na ciência

A aproximação da ciência a estudantes do sexo feminino é o objetivo dos projetos Aprender Fazendo: a abordagem hands-on para futuras estudantes de computação, ciências exatas e engenharias e Conversas de Meninas e Engenheiras: semeando oportunidades para a igualdade de gênero nas ciências. Ambos foram contemplados em um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O primeiro, desenvolvido pela Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT), em Aparecida de Goiânia, trabalha com as alunas de cinco escolas com experimentos interativos e científicos relacionados à linguagem de programação, reconhecimento de minerais e geomorfologia. Dessa forma, são repassados conceitos das áreas de geociências, engenharia, matemática e ciência da computação.

A professora Estela Leal explicou que a metodologia hands-on trabalha com o conceito "mão na massa", ou aprender fazendo, o que significa que as estudantes são ativas na construção, execução e manutenção dos experimentos interativos.

No mesmo sentido, o segundo projeto tem o objetivo de despertar o interesse das estudantes de três escolas da educação básica para a área de engenharia, apresentando temáticas relativas a esse campo do conhecimento.

 

Acervos museológicos

A UFG abriga diversos acervos museológicos, dois dos quais foram apresentados na reunião. O primeiro foi o Museu de Ciências Morfológicas, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). De acordo com a professora Fabiana Ribeiro da Mata, o museu surgiu das aulas práticas de anatomia humana e animal. "O estudo na aula prática reforça o conhecimento teórico, coloca o aluno em contato com o corpo humano e desperta nos estudantes e na sociedade o interesse em conhecer mais sobre a área".

O espaço é aberto para visitação às sextas-feiras. No acervo de 400 peças estão modelos anatômicos reais e peças de borracha que podem ser emprestadas para as escolas. O museu recebe uma média de 4 mil visitantes por ano, a maioria estudantes do ensino médio de escolas públicas.

Já o Museu do Instituto de Informática (INF) desperta a curiosidade com peças antigas que ajudam a recontar a evolução dos computadores. As exposições regulares começaram em 2017 e o acervo tem hoje 40 itens. O professor Leonardo Andrade Ribeiro explicou que o museu está aberto a doações e também faz exposições itinerantes.

 

Popularização 2

Professora Janice Lopes, do Lemat: a linguagem usada para apresentar o conhecimento faz toda a diferença

A ciência dos números

A vinculação da formação dos estudantes do curso de Matemática com a realidade das escolas básicas é um dos focos do Laboratório de Educação Matemática Prof. Zaíra da Cunha Melo Varizo (Lemat). Na reunião, a professora Janice Lopes apresentou duas iniciativas do projeto: o @PED - Ações Pedagógicas em Ambientes Digitais e o Projeto ALI - Ações Lemat Itinerante.

A primeira iniciativa utiliza ambientes digitais, especialmente jogos de entretenimento, para identificar situações matemáticas. A segunda promove ações de divulgação e democratização da matemática e da educação matemática por meio da realização e participação em eventos, oficinas e minicursos. "O modo como as pessoas se aproximam do conhecimento tem muito a ver com a forma como o apresentamos", destacou a professora.

O professor Renato Pessoa Vale, por sua vez, falou das Olimpíadas Brasileiras de Física e da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas. "Além da divulgação científica, esses eventos estimulam e despertam o interesse pelas ciências, especialmente a física", afirmou. Renato ressaltou o crescimento da participação de estudantes goianos. Em 2018, além de 11 premiados em nível nacional, um aluno foi para a competição internacional, sendo medalhista de prata na Olimpíada Europeia, em Moscou.

 

Popularização do conhecimento científico

Idealizado pela professora Flávia Pereira Lima, do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae), o projeto A Biodiversidade Local Vai para a Escola produziu uma série de livros que tem proporcionado o acesso de crianças e adolescentes ao conhecimento científico básico. A iniciativa realizada no norte de Goiás aborda temas como insetos, plantas, répteis, anfíbios, mamíferos e peixes, com ilustrações e explicações sobre o método científico.

Outro projeto, realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PPGCB), promove a Mostra de Divulgação Científica e Popularização da Ciência para a Educação Básica. Além das demonstrações das pesquisas realizadas na Universidade, foi criada uma cartilha, intitulada O Que Faz um Cientista?, que mostra aos estudantes a possibilidade de seguir uma carreira nas diversas áreas da ciência.

Fonte: Secom/UFG

Categorias: Institucional