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Universidade Federal de Goiás
Exposição Enigma

Instituto de Informática recebe exposição Enigma

Em 22/11/19 17:22. Atualizada em 28/11/19 15:34.

Exposição quer tornar visível o trabalho das mulheres na computação

Débora Alves

O Instituto de Informática (INF) da Universidade Federal de Goiás (UFG), está recebendo a Exposição Enigmas: Mulheres na Computação, vinculada ao Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A exposição integra arte, gênero e computação e tem como objetivo tornar visível o trabalho das mulheres na área da computação. A amostra conta com peças digitais e físicas além de oficinas para os alunos do ensino fundamental, médio e também para o público em geral, e ficam no pátio do prédio no período de 19 de novembro a 14 de dezembro.

Exposição Enigma
Exposição Enigma no Instituto de Informática (Fotos: Natália Cruz)

 

A cerimônia de abertura ocorreu no dia 19 de novembro, e teve a presença do Reitor da UFG, Edward Madureira, da Vice-reitora, Sandramara Matias Chaves, do Secretário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Celso Camilo Gonçalves, do Pró-reitor de Pós-Graduação da UFG, Laerte Ferreira, do Diretor do INF, Sérgio Teixeira e o do professor do INF e Coordenador Local da Exposição, Welliton Santos.

Edward Madureira abriu sua fala parabenizando ao INF pelas ações e agradecendo a professora e alunas da UFRGS e ressaltou a importância dos Colégios de Aplicação que são somente 17 em todo o Brasil e lembrou que a UFG é uma das universidades que possui uma dessas unidades: “A universidade não anda para trás, mas as vezes em momentos difíceis como o atual ela caminha devagar”. Disse que eventos como esse são muito importantes e que nas universidades as mulheres são a maioria, quase 60% e em algumas até mais.

Exposição Enigma
Exposição Enigma

 

Welliton Santos falou sobre alguns projetos do INF desenvolvidos para mulheres como o programa meninas digitais que busca divulgar a área da computação para despertar o interesse das meninas para a computação. “Várias ações que buscam colocar o olhar da mulher na ciência” afirma e disse ter certeza que essa iniciativa permitirá uma reflexão sobre o papel da mulher na computação assim como na ciência em geral.

Sandramara Chaves falou sobre o prazer de participar de um evento dessa natureza, como mulher “estamos em um momento em que é muito importante dar voz, espaço para as mulheres dentro da universidade”. Laerte Ferreira lembrou que essa exposição tem todo um simbolismo pois “a computação começou com uma mulher Ada Lovelace”.

A cerimônia também contou com uma homenagem às professoras aposentadas da UFG, que trabalharam no então Instituto de Matemática e Física da UFG, Kazue Yamaguchi, Laci Schucht, Mara Saba, Nadir Machado, Nilva Tavares, Nilzete Olímpio, Weyne Maria Magalhães e Quimico Iamamoto. Foram entregues placas de agradecimento e reconhecimento ao seus empenhos e dedicação. Sergio Teixeira lembrou “muitas vezes não damos o devido valor aos aposentados e suas contribuições”.

Exposição Enigma
Na abertura da exposição diversas professoras do IME foram homenageadas

 

A professora da UFRGS e coordenadora do projeto, Clevi Elena Rapkiewicz, começou sua palestra lembrando que “o colégio de aplicação da UFRGS funciona na base do sorteio porque levar aplicação para quem é pré-selecionado é fácil, tem que levar para o filho do professor mas para o filho do porteiro também”. Sua palestra mostrou gráficos com dados sobre mulheres em várias áreas e criticou o fato de existirem diversos projetos de inclusão de mulheres no mercado de trabalho, mas a falta desses projetos para a permanência delas.

Exposição Enigma
Coordenadora do projeto, Clevi Elena Rapkiewicz

 

Ela fez uma análise dos contos de fadas, onde desde pequena as mulheres vêem as princesas de vestido e não de calça, normalmente não tem emprego e suas habilidades são cantar, limpar, costurar. E ressaltou “não faz sentido gastar dinheiro para educar as mulheres para mais na frente excluí-las”. Contou que uma das experiência que a fez estudar gênero foi uma vez em que não foi aceita para fazer uma entrevista de emprego por ser mulher.

Exposição Enigma

Clevi mostrou um calendário feito em homenagem as mulheres da computação, e contou um pouco sobre as ações que a exposição está vinculada, que são quatro no total: oficinas, exposição, vaquinha online e feirinhas com venda de objetos feitos com reciclagem de computador. O nome enigma foi escolhido pela máquina e disse “para nós é um enigma porque tão poucas mulheres fazem ciência”.

Exposição Enigma
Homenagem às professoras que auxiliaram o crescimento da universidade

 

 

 

Fonte: Secom UFG

Categorias: Arte e Cultura