Icone Instagram
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
klaus

É preciso pensar novas propostas de ensino na universidade

Em 26/11/19 16:00. Atualizada em 26/11/19 17:16.

Evento discutiu ensino e marcou apresentação do programa UFG Doutoral

Letícia Santos

Com o objetivo de contribuir para a excelência da formação doutoral, a Pró-reitoria de Pós-Graduação da UFG, a partir do programa UFG Doutoral, promoveu a discussão “Formação Doutoral no século no Século XXI”, com o físico e ex-reitor da Universidade Federal do ABC, Klaus Capelle. Em sua fala, o físico apresentou o que seriam as megatendências do século XXI. “São vivências que não vão abranger apenas a universidade, mas toda a civilização”.

A partir da apresentação de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), Klaus mostrou as possíveis projeções para a quantidade de pessoas no mundo daqui cem anos. Segundo o relatório, existem três projeções, uma baixa, média e alta. “Mesmo com as perspectivas mais baixas, teremos no futuro, mais de 8 bilhões de pessoas no mundo”. Segundo o professor, esse número traz consequências para a economia, sustentabilidade, funcionamento da civilização e das instituições.

klaus
Para o físico, o número de pessoas no mundo já é maior do que a economia consegue absorver e oferecer empregos (Fotos: Natália Cruz)

 

Em outra projeção, o professor, apontou para a quantidade de celulares que existem no mundo atualmente. Em 2016, pesquisas apontavam para a existência de mais celulares do que seres humanos no mundo. “Esses dados apontam para uma visão totalmente diferente, a de que o mundo está sendo dominado por tecnologias e não mais pelos seres humanos”. A partir de notícias apresentadas pelo professor, o desemprego no Brasil atinge números alarmantes, enquanto vagas de empregos na área da tecnologia muitas vezes não são preenchidas. “Com o cenário que estamos visualizando atualmente, surgem outras megatendências para se discutir, como a questão da sustentabilidade, mobilidade, segurança alimentar, distribuição de riquezas, democracia e governança em tempos de internet, além das tecnologias digitais”, afirmou.

Segundo Klaus, os novos desafios que estão surgindo na sociedade, vão exigir uma reflexão das universidades, sobre o que elas estão ensinando e pesquisando. “Os recortes tradicionais dos nossos cursos tem pouca relação com os novos desafios que vamos ter que enfrentar”, afirmou. Entre os novos desafios, também se encontram as rupturas da economia clássica. De acordo com o professor, novas economias estão surgindo, como a economia digital, economia verde, economia criativa e economia circular. Todas essas novas economias são reflexos das transformações a partir da popularização das tecnologias.

O contexto do ensino também se encontra em um momento de mudanças. Para a universidade se equipar para responder as mudanças que a sociedade está vivendo, o físico Klaus, pontuou os quatro “i” da Universidade moderna. Para ele, itens como a: internacionalização, interdisciplinariedade, inovação e inclusão, são aspectos fundamentais para se discutir as novas propostas de ensino das universidades. “Os desafios são globais, então nossa universidade também precisa se internacionalizar”, afirmou o professor ao explicar a importância dos quatro itens em uma universidade moderna.

 

Mesa de abertura

Durante a abertura do evento, a coordenadora geral do Programa UFG Doutoral, Maria Márcia Bachion, explicou sobre o lançamento do Programa UFG Doutoral e seus objetivos. Segundo a coordenadora, o projeto começou a ser discutido no ano de 2018, quando a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFG, pensou em como enfrentar os desafios na formação doutoral na universidade. “Pensamos em uma formação doutoral a partir de um cenário que se pede por um doutor criativo, que pode responder a perguntas do mundo real, mesmo em um contexto repleto de incertezas e ao mesmo tempo, marcado pelas desigualdades”, afirmou.

Para a coordenadora, o programa se constitui em um plano de formação complementar em várias competências. “A marca do nosso programa é o caráter transversal, além do público-alvo ser estudantes de doutorado e os seus orientadores”. Segundo a professora, o programa vai oferecer atividades de extensão e ensino, disciplinas condensadas, cursos de curta duração, oficinas, palestras, encontros, seminários e uma série de outras atividades.

klaus
Professora Maria Márcia Bachion, apresenta o Programa UFG Doutoral

 

Para o Pró-Reitor de Pós-Graduação (PRPG) da UFG, Laerte Guimarães Ferreira, o programa tem por objetivo promover uma maior integração com os programas de pós-graduação, assim, fomentar uma formação de caráter mais interdisciplinar e integrada. “Já estamos com o link do programa UFG Doutoral no site da PRPG, para que as pessoas possam acessar”.

O Reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, também esteve presente no evento e ressaltou a importância do programa UFG Doutoral. “Queria ressaltar a importância desse programa pela ligação que ele estabelece com outras iniciativas da graduação na universidade. A UFG Doutoral cumpre esse papel de parceria e a gente precisa avançar nessa direção”, finalizou.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Institucional