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Universidade Federal de Goiás
modelagem covid

Taxa de contágio de Covid-19 em Goiás está em torno de 1,5 a 1,6

Em 02/06/20 11:06. Atualizada em 02/06/20 11:53.

Estudiosos lançam nota após divulgação de dados calculados pelo grupo Covid-19 Analytics, da PUC-Rio, que alertavam sobre uma taxa maior que 5 para Goiás

Carolina Melo

Os pesquisadores do Grupo de Modelagem da Expansão da Covid-19 em Goiás, da UFG, lançaram nota para avaliar dados estimados da taxa de contágio do coronavírus em Goiás, apresentados pelo grupo Covid-19 Analytics, da PUC-Rio, e divulgados por um jornal de ampla circulação nacional. A estimativa de contágio é feita com base no número efetivo de reprodução (Re ou Rt) do vírus, que busca identificar a média de contaminação a partir de cada paciente.

Conforme divulgado pela publicação, atualmente Goiás apresenta, pelo cálculo daquele estudo, a taxa mais alta de contágio da Covid-19. Ou seja, cada habitante diagnosticado com o vírus em Goiás estaria contaminando uma média de 5,63 pessoas. Entretanto, o índice não é compatível com nenhum cenário que leva em conta números reais, sejam empíricos ou mesmo simulados, analisados pelo modelo proposto pelos pesquisadores da UFG. “Em certo sentido, essa estimativa de Re parece não ser compatível mesmo com as projeções realizadas pelo próprio website do grupo covid19-analytics, que estimam em torno de 6000 casos por volta de 10/06”.

Segundo as análises feitas pelos pesquisadores da UFG, com base nos números reais de casos confirmados no estado, Goiás não chegou nem ao índice 2 de contágio. “Nossas estimativas do Re, embora infelizmente estejam prevendo um aumento do número médio de transmissões no Estado e requeiram, portanto, uma grande atenção por meio das autoridades de saúde do Estado, não permitem de modo algum chegar a valores extremamente altos como aqueles apresentados pelo grupo da covid19-analytics”, afirmam.

De acordo com as estimativas do Grupo de Modelagem da Expansão da Covid-19 em Goiás, da UFG, o índice de contágio do vírus em Goiás realmente está em trajetória ascendente, “mas ainda em torno de 1,5-1,6”. O crescimento, segundo a nota técnica, “pode ser de certo modo validado pelas estimativas empíricas a partir dos dados contidos em boletins publicados pela Secretaria Estadual de Saúde”.

Leia aqui a íntegra da nota técnica

Fonte: Secom

Categorias: Nota Técnica modelagem ICB IPTSP Saúde