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Universidade Federal de Goiás
Meia Ponte - Vila roriz

Bacia que abastece Região Metropolitana de Goiânia atinge Nível Crítico 1

Em 16/09/20 11:24. Atualizada em 16/09/20 11:26.

Crise hídrica do Rio Meia Ponte foi tema de aula aberta do IESA (UFG)

Ana Lívia Rodrigues Santos

O professor do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (IESA/UFG), Romualdo Pessoa, realizou nesta terça-feira (15/9), a web-conferência com o tema “Crise hídrica na bacia do Rio Meia Ponte: Os riscos para o abastecimento da região Metropolitana de Goiânia”. O palestrante convidado foi João Ricardo Raiser, mestre em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos e secretário executivo dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente (CEMAm) e de Recursos Hídricos (CERHí).

Aula aberta Iesa

Romualdo Pessoa é o professor ministrante da disciplina Geopolíticas das Águas

Na segunda-feira (14/09), a bacia hidrográfica atingiu Nível Crítico 1, que caracteriza vazão de escoamento menor ou igual a 5.500 L/s de acordo com a classificação de segurança do Comitê de Bacia Hidrográfica do Meia Ponte (CBH-MP). Nas considerações de abertura, João Ricardo destacou a situação das regiões afetadas. “A partir de agora começam a ser executadas e implementadas ações de fiscalização, monitoramento e intensificação das ações de orientação, visando o uso racional de todos os setores usuários da água.” afirmou.

O site da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) consta 114 dias sem precipitação na região do Alto do Meia Ponte. “É preciso pensar em um processo de regularização e acumulação da bacia de forma que a gente acumule a água precipitada em período chuvoso em razão das características do cerrado”, analisou o secretário.

Gestão dos recursos

Localizada na região Centro-Sul de Goiás, a Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte corresponde ao abastecimento de 39 municípios, segundo a Semad. João Ricardo apontou as principais atividades que usufruem da água da bacia, sendo elas: a agricultura irrigada 42,6%; o abastecimento público 34,1%; as indústrias 8,5%; a pesca e aquicultura 8,5%; a pecuária com 3,9% e a mineração correspondente a 2,4% do uso.

O debate seguiu para a urgência de garantir a segurança hídrica para todos os usos. “A água já se tornou hoje um problema e um limitante quanto ao desenvolvimento e a sustentabilidade de uma forma geral, apesar da disponibilidade hídrica existente. Hoje ela é um problema, ou por excesso de demanda ou pela redução da sua disponibilidade”, disse João Ricardo.

O convidado apontou a relação entre disponibilidade hídrica e gestão e integração de políticas. Ele mencionou ações relacionadas à conservação do solo, à recuperação ambiental em torno das nascentes e ao uso racional da água por todos os setores. Além disso, falou sobre a necessidade de mudança da perspectiva de uma gestão reativa para uma gestão preventiva e planejada. 

Participação da Universidade

João Ricardo abordou a necessidade de cooperação da comunidade acadêmica no planejamento de ações e busca de soluções para os problemas enfrentados. Em especial, falou sobre a importância de a Universidade direcionar os trabalhos e pesquisas para enfrentar problemas reais que atingem a sociedade e o sistema de gestão.

Na estratégia de unir o ensino e a sociedade, Romualdo Pessoa finalizou com a apresentação do projeto de extensão Caçadores de Nascentes – Onde nascem os rios que percorrem a Região Metropolitana de Goiânia. O objetivo é trabalhar em conjunto com as escolas municipais e estaduais. “A ideia é encontrar nascentes ou as que já existem e monitorar as condições em que elas estão, bem como seus mananciais”, explicou o professor.

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Ciências Naturais Iesa