Equipe técnica da UFG apresenta diagnóstico sobre recursos hídricos do Rio Meia Ponte
Estudo faz parte do Prognóstico dos Planos de Bacias dos afluentes do Paranaíba do Estado de Goiás (PBAP-GO)
Augusto Araújo
A Escola de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás (EECA/UFG) apresentou nesta quarta-feira (16/9) o Prognóstico dos Recursos Hídricos da UPGRH do Rio Meia Ponte para representantes da Semad, Saneago, FIEG e sociedade civil organizada. O professor Klebber Formiga foi o responsável pela apresentação.
UPRGH é a sigla para Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos, que é uma divisão estabelecida para gerir os recursos hídricos de uma região. No caso da UPGRH do Rio Meia Ponte, ela engloba 37 municípios do estado de Goiás, com nascentes localizadas na Serra dos Brandões, município de Itauçu.
O prognóstico desta Unidade de Planejamento faz parte do Produto 3 dos Planos de Bacias dos afluentes do Paranaíba do Estado de Goiás (PBAP-GO), que abordaram também as UPGRH dos Rios Corumbá, Veríssimo e a porção goiana do Rio São Marcos, que foi apresentada na terça-feira (15/9); do Rio dos Bois, que será apresentada hoje (17/9); dos Afluentes Goianos do Baixo Paranaíba, com apresentação na sexta-feira (18/9). O estudo completo pode ser acessado no site do Plano.
"Cada Plano define a quantidade de água que pode ser retirada da Bacia a cada ano, deixando uma quantidade suficiente nos rios para atender a necessidade das plantas e animais que dependem delas", revela o professor Klebber. Ele também explicou que os planos são atualizados a cada dez anos, aproximadamente.
Prognóstico
O prognóstico, disponível no site da PBAP-GO, revela que "o objetivo do planejamento de Bacias não é apenas atingir objetivos diretos e definidos externamente, mas escolher dentre uma série de possíveis objetivos de gerenciamento de recursos hídricos aqueles que melhor contribuirão para uma série de objetivos econômicos, sociais e ecológicos concorrentes".
É apontado pelo documento que o principal usuário de água na Bacia do Rio Meia Ponte é a agricultura irrigada, e o nível de incertezas nas suas projeções é relativamente alto. O abastecimento humano é o segundo principal uso da água no estado de Goiás e apresenta uma tendência mais estável.
A qualidade da água também é outro ponto abordado. Ao chegar na Região Metropolitana de Goiânia, a água recebe elevada carga de resíduos domésticos com tratamento deficiente através do esgoto. Além do esgoto, outros resíduos são descartados no rio Meia Ponte, como os de laticínios, frigoríficos, fábricas de bebidas e curtumes, conforme consta no site das PBAP-GO. O prognóstico indica a necessidade de se efetuar uma melhoria no processo de tratamento destes resíduos produzidos pelos municípios.
O site do PBAP-GO prevê sete produtos, sendo eles os seguintes: Produto 1 - Bases Metodológicas para a Elaboração dos planos de Recursos Hídricos das UPGRH; Produto 2 - Diagnóstico dos Recursos Hídricos das UPGRH; Produto 3 - Prognóstico dos Recursos Hídricos das UPGRH; Produto 4 - Diretrizes, Programas e Metas; Produto 5 - Documento consolidado do Plano de Recursos Hídricos das UPGRH; Produto 6 - Plano de Ações Prioritárias dos Comitês; e Produto 7 - Resumo Municipal das Ações do Plano da Bacia.
Conforme o professor Klebber Formiga revelou, o trabalho teve início em janeiro deste ano e a previsão é de que até outubro do ano que vem todos os produtos dos PBAP-GO sejam apresentados.
Fonte: Secom-UFG
Categorias: Tecnologia EECA