Plataformas digitais privadas moldam a educação pública
A conversa on-line mostrou como os processos educativos foram modificados pela tecnologia
Pedro Peralta
As plataformas digitais têm modificado os processos educativos que estão sendo moldados pelos recursos tecnológicos devido a pandemia da Covid-19. Esta foi a discussão realizada pela quarta edição do Matutando, diálogos informativos, realizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto Federal de Goiás e TV UFG. Com o objetivo de discutir sobre arte, cultura e tecnologia no ambiente escolar, o programa on-line teve a presença do professor universitário da Universidade Federal da Bahia e ativista, Nelson Pretto.
Para Nelson é necessário entender o contexto histórico da evolução tecnológica na educação. “Estamos falando há 25 anos sobre esse assunto e sobre a importância de uma apropriação crítica da internet e das tecnologias. As redes tecnológicas deveriam ser ocupadas, por meio do viés revolucionário, em busca da liberdade”, afirma o ativista.
Tecnologia educacional
É inegável que a educação vem se amparando na tecnologia ao longos dos anos, no entanto o professor aponta os perigos desse fusão acontecer de forma acrítica na educação. Para ele, durante os anos o professor se transformou em mais um produto pela tecnologia e o processo educativo emancipatório foi esquecido.
A associação da tecnologia à educação, para o professor, gera alguns problemas tanto na educação infantil quanto no ensino superior. “O uso mandatório dessas tecnologias no ensino gera uma dependência, deixando os alunos cativos dessa tecnologia. Outro problema é a subtração de dados pessoais pelos complexos tecnológicos”, afirma Nelson Pretto.
Mesmo nesse cenário complexo, o professor mostrou alguns caminhos para conseguir unir a tecnologia e a educação de uma forma social. “A luta é dura, mas é necessária. Para subverter essa ordem tecnológica, precisamos cobrar dos representantes políticos tecnologias federadas, que garantem segurança dos dados e que promova soluções criativas e livres”, revela o ativista.
Fonte: Secom UFG
Categorias: Humanidades FL