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Universidade Federal de Goiás
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UFG realiza acompanhamento e avaliação do ensino remoto 

Em 04/11/20 15:30. Atualizada em 04/11/20 16:50.

Entre as ações está previsto um diagnóstico com os estudantes inscritos no Ensino Remoto Emergencial (ERE)

Kharen Stecca

Fazer um diagnóstico sobre o ensino remoto é uma necessidade para tentar entender como os estudantes estão recebendo essa nova modalidade de ensino. Para isso, a Universidade Federal de Goiás abriu, no dia 3 de novembro, uma série de atividades para avaliação e acompanhamento do Ensino Remoto Emergencial chamada Programa de formação: Pró-Unidades - Ensino Remoto Emergencial (ERE) na UFG. Na primeira reunião foram convidados a vice-reitora da UFG, Sandramara Matias Chaves, a pró-reitora de Graduação (Prograd), Jaqueline Civardi, o professor Leonardo Barbosa, da Universidade Federal de Uberlândia e o professor Rodrigo Silva Lima, da Universidade Federal de Itajubá, com mediação da professora Moema Moraes, diretora de Ensino da Prograd.

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A professora Sandramara Chaves destacou o trabalho da Pró-Reitoria de Graduação na retomada das atividades durante a pandemia. Ela contextualizou todo o movimento feito pela universidade até este momento e a importância do projeto da Prograd que dá suporte aos professores e estudantes no desenvolvimento das atividades online. Ela destacou que inúmeras reuniões foram feitas para discutir o ensino remoto e todos os documentos produzidos foram exaustivamente debatidos com a comunidade universitária, assim como agora está sendo avaliada o retorno de atividades práticas, com todas as preocupações com a segurança das pessoas envolvidas.
Desde a suspensão das atividades presenciais, foi criado um grupo de trabalho para discutir as possibilidades das atividades remotas. O grupo de quase 50 pessoas se reunia semanalmente e tem representações de todas as unidades acadêmicas, técnicos, e representantes dos sindicatos e associações de estudantes. A partir disso surgiu a oferta de núcleos livres na atividade remota por adesão para experimentar a possibilidade. “Foi polêmico, mas foi discutido coletivamente”, afirma a vice-reitora. Do grupo maior surgiram os GTs para levantar e avaliar os detalhes de como o ensino remoto seria aplicado para construir a minuta da resolução que o implementou na UFG, retomando assim o primeiro semestre de 2020. “Problemas como evasão e adesão dos estudantes foram temas dessas discussões”, explicou Sandramara. “O evento tem o objetivo de começar a avaliar como tem sido a implantação desse ensino na UFG e como estão sendo avaliados”, ressaltou.
A professora Jaqueline Civardi explicou sobre como estão sendo definidas as ações de formação realizadas pela Prograd. E explicou que a Prograd fará um levantamento de dados para abordar o ensino remoto na UFG.
Em seguida, falou o professor Leonardo Barbosa da Universidade Federal de Uberlândia. Ele coordena pesquisas sobre evasão, retenção e perfil discente nas instituições federais de ensino superior. O professor apresentou um estudo sobre evasão no Brasil. Primeiro ele contextualizou as mudanças no ensino superior nos últimos anos e depois como o conceito de evasão é tratado em vários documentos importantes da educação desde a constituição até o financiamento da educação superior. “Todo o financiamento da educação superior é ancorado na diplomação e evasão”, afirmou. Ele também explica que não há interesse dessas instituições em saber qual o motivo da evasão (exceto se por falecimento), ela apenas é constatada, sem considerar, por exemplo, se o estudante continua com vínculo com a instituição. Ele destaca 4 questões: não há gestão coordenada do acompanhamento do egresso e da evasão; toda a métrica é feita sobre vagas e não CPFs; há poucos estudos longitudinais; além de uma inadequada definição de evasão e a não existência de um modelo teórico para avaliação longitudinal.
“A pandemia mudou a realidade drasticamente e isso tudo vai mudar completamente a forma como os estudantes vão se relacionar com a universidade”. Entre os itens que podem ter mudado, segundo ele são: renda dos estudantes, relacionamentos familiares, novas perspectivas de ingresso no mercado de trabalho, entre outras. A proposição do professor Leonardo Barbosa é fazer um diagnóstico nacional articulado sobre os estudantes para entender como está essa relação deles com o ensino superior ou com o MEC ou com a Andifes. Mas ele ressalta que não temos um diagnóstico dos estudantes na pandemia e isso pode mudar todo o quadro. “O desafio é enorme, mas o primeiro passo é diagnosticar os estudantes na situação atual, porque ela é inovadora e ameaçadora”, afirmou Leonardo.
Rodrigo Lima é pró-reitor de graduação na Unifei. Ele conta que a Unifei foi uma das primeiras a adotar o ensino remoto, o que fez com que conseguissem ajustar o calendário para término ainda em 2020. Eles fizeram diagnósticos no início do mês de abril e perceberam diversas dificuldades dos professores e também estudantes. Entre as questões colocadas pelos estudantes estavam um excesso de atividades online, outros indicaram problemas por não ter aparelhos eletrônicos para acompanhar as aulas e também os professores apontaram a dificuldade em conciliar cuidados com filhos, pais e o trabalho remoto. Para minimizar isso algumas ele explica que algumas ações foram tomadas: como distribuição de aparelhos para os estudantes e formação para os docentes. "Percebemos que não era só transpor para o ensino remoto. Era preciso discutir práticas docentes, principalmente a avaliação", explicou.
No final a professora Sandramara Chaves também informou que a comissão vai começar a estudar o retorno ao ensino presencial para que quando houver condições de retorno a universidade esteja pronta para receber os estudantes. A professora Jaqueline Civardi também passou alguns dados sobre matrículas na UFG durante o debate e até o momento não percebe-se maior evasão de estudantes. Por outro lado, o número de estudantes com matrículas em 7 a 9 disciplinas e mais de 10 disciplinas teve grande acréscimo. “Mas ainda é difícil saber qual será o resultado dessas matrículas”, afirmou.

A live completa está disponível aqui

No site da Prograd também é possível saber mais sobre as atividades de avaliação e acompanhamento do ensino remoto 

 

Fonte: Secom UFG

Categorias: Ensino Remoto PROGRAD Institucional