Icone Instagram
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
10 anos centro cultural

Universidade deve democratizar a cultura

Em 10/12/20 16:59. Atualizada em 10/12/20 17:32.

Live em homenagem aos 10 anos do Centro Cultural UFG mostra importância de um espaço aberto à comunidade valorizando a pluralidade artística 

Maria Eugênia Nalini

A parcela de extensão de uma Universidade está relacionada à manifestação de suas produções para fora do meio acadêmico, seja por meio do conhecimento que ela produz, seja pela arte, ou por quaisquer formas de diálogo com a comunidade que a cerca. Nesse sentido, o Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (CCUFG), reinaugurado em 2010 com uma reformulação do espaço físico e uma nova política de difusão cultural, estabeleceu um marco não somente para a Instituição, mas para toda a sociedade goiana. 

A live “Criação do Centro Cultural UFG”, proposta pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) em parceria com o CCUFG, no dia 09/12, constituiu a última semana de transmissão do programa #CulturaNaUFG em 2020. As atividades foram encerradas celebrando o aniversário de 10 anos do espaço. Para falar sobre o planejamento, a construção e a inauguração do Centro Cultural UFG, estiveram presentes o reitor Edward Madureira Brasil, o professor Anselmo Pessoa Neto, ex-Pró-Reitor de Extensão e Cultura e hoje a frente da Editora UFG, a Pró-Reitora Adjunta de Extensão e Cultura e Diretora de Cultura da UFG professora Flavia Maria Cruvinel, a Pró-Reitora de Extensão e Cultura Lucilene Maria de Sousa, o arquiteto Fernando Simon, responsável pelo projeto do local, e Orlando Afonso Valle do Amaral, ex-reitor da UFG, hoje a frente da Fundação de Apoio à Pesquisa da UFG.

10 anos centro cultural
Live foi gravada no Centro Cultural UFG

 

Em transmissão realizada ao vivo pelo canal oficial da UFG no YouTube, direto do teatro do Centro Cultural, respeitando todas as medidas de segurança devido a pandemia da Covid-19, a discussão foi mediada por Kamyla Maia, editora-chefe de Jornalismo da TV UFG. A apresentadora comentou que em 2006, a UFG iniciou um processo de investimento em cultura, com uma de suas principais ações sendo a readequação do antigo Espaço Cultural, também conhecido como “Galpão”. Ao longo de duas décadas, o lugar acolheu companhias teatrais e de dança, e se reformulou visando ser uma referência no que tange às artes na cidade, no estado e em todo o país. “O Centro Cultural UFG surgiu com a missão de democratizar a cultura, valorizar a pluralidade de sons, cores, olhares, escutas e gestos, respeitando as diferenças”, reiterou Kamyla. 

Nesse sentido, Edward Madureira sustenta que a UFG sempre foi muito presente na vida do goiano e do brasileiro nas mais diversas áreas de pesquisa, ensino e extensão, mas carecia de um ambiente que pudesse receber e oferecer um local propício para o desenvolvimento da cultura. Sobre a retirada da ideia do papel, o reitor ressalta a importância de Anselmo Neto  em vender a proposta de uma forma mais adaptável à realidade da Instituição na época. “A sensibilidade, a determinação, o cuidado e a estratégia. Anselmo vem de uma formação política e sabe tudo sobre como alcançar os resultados. Isso é muito bom”, declarou. 

Espaço

Para Anselmo Neto, é importante que se registre a jornada de construção do ambiente para que a história não se perca. O professor lembrou que em 2006, ano em que o planejamento do Centro Cultural começou a tomar forma, a PROEC era pequena e apresentava uma história de dificuldades financeiras, o que demandou que ela trabalhasse com o que tinha. Na época, já havia uma ocupação voltada para a arte, mas em função da falta de uma oficialização e de uma infraestrutura para receber o público, o processo de desenvolvimento durou 5 anos entre pensar em um propósito, assumir os impasses e inaugurar o local. 

O professor ressaltou que o trabalho de planejamento foi muito colaborativo e que exigiu bastante diálogo entre os envolvidos. A demanda apresentada ao arquiteto Fernando Simon foi por uma concepção que marcasse a presença da UFG na cidade, sempre estabelecendo uma coletividade para expor o que a Universidade gostaria de ver dentro do espaço. Para Anselmo, a missão estava concreta ao se construir um conceito capaz de ser um cartão postal para a UFG, para Goiás e para o Brasil.

anselmo neto
Professor Anselmo é citado pelos colaboradores como portador do papel principal para a fundamentação do Centro Cultural

 

O Arquiteto Fernando Simon ressalta que o projeto do CCUFG foi a grande oportunidade de sua carreira, justamente pela história, pela sua função social de abarcar uma série de ações, inclusive comunitárias, e por ser um edifício plenamente dedicado à cultura. Retomando a fala de Anselmo, o arquiteto valoriza a coletividade presente em cada momento de desenvolvimento e apropriação do espaço. Ele apresentou esboços das ideias e afirmou que o Centro conta com áreas muito versáteis, o que constituiu um desafio, mas permitiu o benefício da flexibilidade e da adaptação às mudanças.

O Professor Orlando Amaral explica que no período de desenvolvimento do espaço, houve uma conjuntura muito favorável que permitiu com que a Pró-Reitoria de Administração de Finanças se ativesse ao máximo de exigências possíveis, dado o orçamento disponibilizado, e à prioridade da área cultural. “A UFG tem em seu DNA nas artes de uma maneira geral e esse é um espaço que faz juz à tradição”, pontuou. 

Legado 

Lucilene de Sousa assegura que o CCUFG é um difusor de diversas linguagens que permite a formação de estudantes, técnicos e professores da Universidade em uma fruição da diversidade cultural. A pró-reitora disse que para além da UFG, o local garante o princípio da inclusão social. “Muito mais do que uma arquitetura, o significado de garantir a cultura como patrimônio, a valorização de uma universidade pública”, completou. 

A professora Flavia Maria Cruvinel destacou o rico acervo de arte contemporânea pertencente ao CCUFG, um dos maiores do Centro-Oeste e do Brasil, no que diz respeito a uma universidade pública. Ela expôs que, ao longo dos anos, foram contempladas diversas parcerias que trouxeram obras relevantes para a arte brasileira, e que a ocupação constante do local por meio da música, das artes cênicas e das artes visuais faz com que se perpetue uma história. “O Centro Cultural faz parte da agenda da cidade. Os artistas contam com esse espaço para receber grandes produções. Nós ficamos felizes porque é realmente destinado a formação dos nossos alunos, ao trabalho dos nossos professores, mas também dedicado à cidade”, conclui.

Centro Cultural da UFG

Fonte: Secom UFG

Categorias: CCUFG Arte e Cultura Proec