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Universidade Federal de Goiás
Iniciação científica

A pós-graduação começa na Iniciação à Pesquisa  

Em 19/03/21 13:24. Atualizada em 30/03/21 14:59.

Há mais de 30 anos, o programa marca a vida e a trajetória acadêmica de pesquisadores da UFG

Talita Prudente (Comunicação PRPG)

O edital para o  Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em Inovação 2021-2022 (PIP) está com inscrições abertas. O projeto conduzido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) introduz graduandos de todas as áreas do conhecimento ao universo da pesquisa e, para muitos, representa uma porta de entrada para cursos de mestrado e doutorado.

“Fazer ciência é, antes de mais nada, ter a capacidade de se deslumbrar e se inquietar com o novo, com o desconhecido… A atividade de pesquisa demanda uma série de competências e habilidades intelectuais que são favorecidas pelo PIP”, declara o pró-reitor de pós-graduação Laerte Ferreira ao lembrar que, em muitos casos, o assunto estudado na Iniciação à Pesquisa desperta tanto interesse no aluno que se transforma em um estímulo para que ele continue as investigações na pós-graduação. 

Foi o que aconteceu com Ana Karoline Valdo, atualmente  doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ), após participar de duas Iniciações à Pesquisa. A primeira aconteceu no  Laboratório de Síntese Molecular (LabSim). Mas foi na segunda experiência, orientada pelo professor Felipe Martins (IQ), que ela encontrou sua vocação: Cristalografia, área que estuda a estrutura dos materiais e suas  possíveis transformações químicas.

Para a pesquisadora, a Iniciação à Pesquisa serviu de base para a conclusão de seu TCC, também na área de cristalografia, tema ao qual deu continuidade no mestrado. No meio do mestrado, com um artigo produzido  e faltando apenas uma disciplina para terminar a carga horária, Ana Karoline conseguiu aprovação direta para o doutorado do PPGQ. “Não é só uma oportunidade que se abre, são várias, tanto no sentido de ter contatos, ter experiência, saber se gosta de pesquisa ou não, ter uma bolsa…”, revela.

A ligação entre a Iniciação à Pesquisa e a pós-graduação também está presente no roteiro da vida de Bruno Araújo, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual. Dividido entre a necessidade de trabalhar e a vontade de se graduar, Bruno ingressou na Iniciação à Pesquisa logo no terceiro período da faculdade, como bolsista PIBIC. “Durante o primeiro ano do PIBIC nós desenvolvemos um trabalho sobre as relações entre obras de ficção científica e os contextos político-sociais de suas criações.”, lembra. 

“Apesar de ser bacharel, também entrei em contato com a área da educação durante a Iniciação à Pesquisa. Na sequência, durante o mestrado, estudei o uso do cinema de ficção científica para discussão de conteúdos escolares, desde a física e biologia à história e sociologia”, explica o cientista.

No doutorado, Bruno pesquisa o uso de jogos de tabuleiros como mediadores de conteúdos educacionais. “Adoraria saber que mais bolsas foram criadas para que estudantes que passam por situação similar à que eu passei não precisem abandonar o curso, e para que outros alunos possam ter a oportunidade de se envolver com a pesquisa científica não somente como campo de estudo, mas como propósito e projeto de vida”, completa.

Outros horizontes

Alinhar a temática investigada na graduação com a da dissertação ou tese não é uma regra, e a Iniciação à Pesquisa serve também para motivar novos temas de estudo.  Thaís Teixeira e Sabrina Braga, alunas do Programa de Pós-Graduação em História, seguiram com pesquisas distintas das realizadas durante o programa de Iniciação à Pesquisa. Sabrina participou da modalidade Iniciação Científica e Thaís concluiu na categoria Iniciação Tecnológica.

“Na Iniciação Tecnológica, além da preocupação com a análise de fontes, levantamento bibliográfico, apresentação de trabalhos e escrita de artigos, é preciso desenvolver um produto que contribua para divulgação do conhecimento desenvolvido ao longo da pesquisa'', explica Thaís, que desenvolveu um site durante o processo.  Atualmente, a  pesquisadora utiliza suas habilidades computacionais ao lecionar de forma remota em uma escola de ensino médio em Goiânia.

Sabrina, por sua vez, começou a Iniciação Científica no último ano da graduação para decidir se seguiria a carreira acadêmica.” A Iniciação Científica não só me possibilitou aprender sobre como é produzido o conhecimento acadêmico, mas também a perceber quais dos meus interesses eu gostaria de transformar em pesquisa e a focar em um tema, o que me permitiu chegar na pós-graduação com uma maturidade maior”, relata.

Da Iniciação à Pesquisa  à Docência Universitária

A Iniciação à Pesquisa também pode culminar no exercício da docência. Hélio Galdino Júnior e Karina Machado Siqueira, professores do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, recordam com carinho do período em que suas carreiras começaram.

Hélio conta que na Iniciação à Pesquisa realizava tarefas simples como lavagem e esterilização de materiais, aprendendo a cooperação com demais pesquisadores do laboratório e trabalho em equipe, até atividades complexas como culturas de células e experimentos que envolviam animais e células humanas.  Desde sua inserção como docente, Hélio orienta alunos nas modalidades PIBIC E PIVIC.  “Aplico, nas minhas orientações, modelos aprendidos na minha formação. O aluno também  tem a oportunidade de apresentar seus resultados em eventos científicos, o que contribui para sua formação na exposição oral e no debate acadêmico de ideias ”.

A história de Karina Siqueira é parecida com a de Hélio. Ela ingressou na Iniciação à Pesquisa no 3° período e sua orientadora também a conduziu no mestrado e no doutorado. Mas ela optou por mudar a temática estudada na graduação e seguiu por outros caminhos na pós. ”Minha orientadora decidiu me apoiar nas mudanças e seguimos juntas. Atualmente somos colegas de trabalho e continuamos em muitas parcerias, criamos um vínculo que marcou toda a minha trajetória acadêmica”.

Aprendizagem de métodos

Praticado nas modalidades IC (Iniciação Científica) e IT (Iniciação Tecnológica), de forma voluntária ou com incentivo de bolsas, o programa de Iniciação à Pesquisa coloca o estudante em contato direto com o processo de produção de conhecimento de determinada área de atuação, de forma interdisciplinar ou não. “Ela permite ao aluno o desafio de solucionar um problema específico, científico, tecnológico ou artístico. Isso o torna mais capacitado para enfrentar os desafios futuros de sua carreira profissional, qualquer que seja ela”, explica Jesiel Freitas, pró-reitor de Pesquisa e Inovação.

Jesiel também ressalta a influência de uma boa orientação durante o processo, com professores que acompanhem o progresso do estudante desde a formação inicial, até que ele alcance a capacidade de participar da abordagem de problemas mais complexos. Além disso, ele lembra que todos os orientadores são elegíveis para concorrer às cotas de bolsas, as quais podem ser atribuídas a qualquer estudante que participe do programa.

Geovanna Bessa é aluna do oitavo período de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda - e em 2020 entrou para o projeto de Iniciação à Pesquisa  "Pêpê Pra Quê", uma reflexão sobre o ensino da publicidade em momento de pandemia. “Escolhi participar porque poder fazer parte de uma pesquisa que acrescenta no meio acadêmico e soluciona algo é muito gratificante. Mesmo que não queira seguir carreira acadêmica, vale a pena ter essa experiência. A universidade abrange vários caminhos e cada caminho abre muitas portas que podem influenciar no que você é e no que você será futuramente.”

Clique aqui e saiba mais sobre o Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em Inovação /2021-2022.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Institucional PRPG PRPI