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Universidade Federal de Goiás
Paulo Freire

Durante todo ano, encontros mensais vão discutir obra e prática freiriana

Em 31/03/21 12:06. Atualizada em 31/03/21 12:12.

Parte da comemoração do centenário de Paulo Freire, proposta visa pensar o ensino-aprendizagem mais humanizado e crítico

Rafaela Ferreira 

As professoras Elzimar Pereira e Neila Nunes, dos cursos de Pedagogia UFG e Letras UFT respectivamente, são as responsáveis pelo evento que pretende durante todo o ano de 2021 estudar o ensino e formação continuada sob uma ótica Freireana. Parte da comemoração do centenário do filósofo e educador Paulo Freire, os encontros mensais tiveram início já no mês de março e se estendem até até dezembro deste ano, e são direcionados aos estudantes do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação (FE/UFG), das licenciaturas da UFT - Campus Porto Nacional, e estão abertos a todos os interessados.

“O que você sabe sobre a vida e obra de Paulo Freire?” foi a primeira pergunta guia elaborada pelas professoras para as futuras conversas. Com a proposta de pensar o processo de ensino-aprendizagem pautado na ética e na esperança, o evento mensal pretende estabelecer um diálogo em cima dessas questões elaboradas pelo intelectual brasileiro. “A proposta do evento não é refletir Paulo Freire, mas com ele. [...] Almejamos uma educação humanizada", disse a professora Elzimar.

O encontro inicial foi realizado nesta segunda-feira, dia 29, e foi marcado com uma intervenção social feita pelas docentes. Mesmo em suas respectivas residências, as professoras Neila e Elzimar apareceram com máscaras e roupas das cores pretas para representar o luto pelas mais de 300 mil vidas que foram ceifadas devido a pandemia causada pela Covid-19 e agravada pelo atual governo. Nas considerações iniciais, a professora de Letras da UFT falou da importância do curso, mesmo em contexto pandêmico e online: “Acolher a esse chamado é um ato de resistência. Precisamos resistir a esses ataques na educação brasileira”, disse Neila.

A professora Elizamar, da Pedagogia, explicou que os encontros são para serem contínuos, pois a principal proposta é fazer um diálogo entre as docentes e os estudantes. Pensado como um encontro mensal, do dia 29 de março a 9 de dezembro, cada reunião terá um tempo de duração de 1 hora, indo das 18h até às 19 horas, e também um convidado diferente por mês para colaborar com os futuros debates. 

O primeiro dia do evento teve um caráter de apresentação da turma e demonstrou interesse de estudantes de diversas regiões e áreas. Pensado para a formação de estudantes de Pedagogia e Licenciaturas da UFG e UFT, discentes de regiões como Paraná e Rio Grande do Sul e de cursos de Exatas, como Física, também demonstraram interesse na perspectiva Freireana e estiveram presentes. 

Paulo Freire dizia que a educação não transforma o mundo, mas sim muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo. Nesse sentido, a professora Elzimar falou sobre o projeto de extensão a partir de formação continuada, no sentido de se saber de que lado a educação deve estar: “Paulo Freire não ficava em cima do muro. Ele tinha um lado. E é o lado dos mais fracos”, disse. Os encontros serão realizados via Google Meets e para informações acesse o site: eventos.ufg.br/fcpf.

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Humanidades FE