Icone Instagram
Ícone WhatsApp
Icone Linkedin
Icone YouTube
Universidade Federal de Goiás
ações HC

Ações de psicologia no HC-UFG contribuem para a humanização do cuidado

Em 08/07/21 13:25. Atualizada em 09/07/21 14:01.

Iniciativas incluem músicas para pacientes, prontuário afetivo e encontros presenciais com a equipe para tratar de temas que aliviem o estresse ocupacional 

Assessoria do HC/UFG

O papel do psicólogo em uma Unidade de Terapia Intensiva visa o acolhimento de pacientes, familiares e equipe em suas demandas contribuindo para a prática do trabalho de humanização, por vezes atuando como mediador e facilitador da qualidade de comunicação desta tríade paciente-família-equipe.  O advento da covid-19 impactou especialmente as relações humanas pela necessidade de distanciamento social. Diante desse cenário, tem sido fundamental o desenvolvimento de novas formas de intervenção psicológica e do desenvolvimento de projetos com o objetivo de humanizar este cuidado.  

Para promover essa humanização nas Unidades de Cuidados Intensivos e Semi intensivos Adulto (UCISIA) e na ala Covid do Hospital das Clínicas da UFG, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a equipe de Psicologia que atende essas unidades tem realizado vários projetos. Uma deles é o “Música na UTI”,  cuja iniciativa foi da enfermeira líder da UCISIA, Marlice Carvalho. A ideia foi abraçada pela equipe de psicologia, que desenvolveu o projeto e contou com o apoio de dois voluntários externos e um voluntário servidor do HC em toda unidade (UTI Geral Adulto, UTIs Covid I e II e Enfermaria Covid).

A experiência, realizada no último dia 18 de junho, marcou tanto pacientes e familiares que se encontravam no local, como a própria equipe. Pacientes pediram músicas e até mesmo esboçaram danças ao longo do evento. “Muito lindo. Obrigado”, disse a paciente M., da UTI Geral Adulto, que, mesmo com a limitação da traqueostomia, participou levantando os braços ao som da música.

ações HC

Paciente e família

A equipe de Psicologia também iniciou o Projeto “Prontuário Afetivo”, já realizado em diversos hospitais, principalmente para pacientes inconscientes (sedados ou em coma) tendo em vista a estimulação cognitiva e afetiva. “As famílias recebem o contato da psicóloga responsável pelo caso, que faz o registro no modelo do prontuário afetivo com dados da biografia do paciente e uma mensagem que o paciente costuma dizer ou a mensagem da família para o mesmo”, afirma Dayanne Alves Pinheiro Silva, psicóloga da UCISIA do HC-UFG/Ebserh. O prontuário é colocado no leito do paciente e a equipe é estimulada pela Psicologia a falar com o paciente citando os dados da placa.

Na oportunidade da alta das UTIs Covid I e II, os pacientes também recebem um Certificado de Honra ao Mérito, com o título “Eu venci a Covid-19”, como forma de reconhecimento pela equipe do empenho do paciente em seu próprio tratamento.

“Os momentos de alta do paciente demonstram a unificação de todos os atores envolvidos no processo de tratamento (paciente, família e equipe) e podem servir como uma das formas de proteção da saúde mental na atual situação de crises emocionais com a pandemia”, diz Dayanne Pinheiro.

hc ações

Projeto “Acolhe Cuidador”

A pandemia de covid-19 impôs mudanças às rotinas das equipes das UTIs do HC-UFG/Ebserh, o que, por sua vez, tem acarretado em sobrecarga emocional, aumentando em demasia o estresse ocupacional, podendo inclusive suscitar síndromes de Burnout ou acentuar transtornos prévios. Considerando os desafios de prestar cuidado ao cuidador, a psicóloga Dayanne Pinheiro idealizou o projeto “Acolhe Cuidador”, que teve sua primeira versão em 2020 em formato virtual e, em 2021, passou para o formato presencial, contando com a equipe de psicólogas credenciadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).

“Os encontros presenciais ocorrem na sala multiprofissional, uma vez por semana, com duração de 20 minutos, e com abordagem de diferentes temas, como “Humanização do Cuidado”, “O poder da Gratidão”, “Esgotamento Emocional” e “Técnicas de Relaxamento”. O projeto abrange especificamente as equipes das UTI Geral Adulto, UTIs Covid 1 e 2 e enfermaria Covid em seus respectivos andares”, afirma Dayanne Silva.

“Foi de extrema importância, é o momento que sempre pedi no outro trabalho, mas nunca teve: refletir sobre a vida e a importância de não só cuidar do outro, mas também cuidar de mim. Foi muito importante falar sobre o amor com o outro e comigo mesma. Acho que tem que ter sempre”, afirma uma enfermeira da UTI Adulto.

Fonte: Secom UFG

Categorias: Saúde HC