INTERNET EDUCA
Live e webinar para Educação Ativa
Fernanda Cunha*
Quanto se fala sobre aprendizado ativo, mas como promove-lo, dinamizá-lo com a utilização da internet como intermediadora nos processos de ensino-aprendizagem?
Tanto para a educação presencial em sala de aula, ou em ambiente virtual de aprendizagem: seja nas então ditas aulas remotas, e/ou EAD, ou até mesmo na educação híbrida antes, durante ou depois da pandemia, fazer uso de live, de webinário pode ser, sem dúvida alguma, grande potencializador no processo de ensino/aprendizagem, desde que o professor, a professora, nós professoras e professores, nos apropriemos destas possibilidades de modo estratégico, levando em conta o contexto pedagógico para a utilização de live e/ou webinar.
Para isto é fundamental que o educador, a educadora, saiba as diferenciações entre live e webinar. Quando bem empregados costumam potencializar significativamente o processo de imersão do tema em questão.
É interessante enaltecer a possibilidade de integração concatenada com o ensino, a pesquisa e a extensão, numa só ação digital no universo em rede, através da transmissão de lives e webinários simultaneamente, como possibilidade de disseminação de conhecimento, ao interconectar diferentes recursos midiáticos, explorando-os a partir de uma proposição pedagógica em ação.
Poder-se-á proporcionar aprendizado ativo, a partir de buscas realizadas pelos estudantes impulsionadas nas estratégias de aulas online, pela pedagogia do questionamento, para ação investigativa, cuja investigação venha provocar curiosidade crítica nos estudantes, ao se lançarem com indocilidade ávida na internet em busca de [re]conexões sígnicas que empreendam, em suas imersões pessoais, experiências [re]significativas.
A internet, para quem tem luz elétrica e conexão, é ambiente que pode ser acessado a qualquer tempo e em qualquer lugar do planeta, literalmente. Sabemos.
Por isto, políticos do bem, dirigentes da educação de nosso país, promovam urgentemente socialização da internet, da luz em nosso país. Energia elétrica, internet para tod@s. Condição de serviço básico, sobretudo em tempos de pandemia, para a educação.
Ao se compreender a internet como biblioteca universalizada, a gravação de lives e webinários, quando disponibilizados para a sociedade em rede, podem colaborar significativamente para a edificação do aprendizado ativo, sobretudo quando estratégias pedagógicas incentivam experiências pela investigação, como já mencionei, com vistas ao desenvolvimento da mente digital crítica de nossas alunas e nossos alunos, dinamizando a consciência autogovernativa pela cibercartografia pessoal, pelos caminhos traçados por entre os links trilhados nesta trajetória digital.
O I Congresso Internacional Online entre Arte, Cultura e Educação é um exemplo: este congresso que ocorreu em 2020, no primeiro ano da pandemia, que está disponível na internet na íntegra, é conteúdo que ainda permanece para acesso e de fato, as pessoas continuam acessando este congresso, já há meses após a realização do mesmo. Eu mesma utilizo este conteúdo em minhas aulas.
Faço convite para que acompanhe o estamos preparando para a segunda edição deste congresso. Sim, o II Congresso Internacional Online entre Arte, Cultura e Educação, que tem como tema Reconexões da Abordagem Triangular no Ensino das Artes, com a novidade do Mão na Massa: Experiências [Re]significativas.
Isto mesmo, pelo Mão na massa! Este congresso busca proporcionar experiências da teoria à prática. Isto é incrível não é mesmo, um congresso pelo Mão na Massa, em que os participantes inscritos experienciam ali na prática.
O II Congresso Online entre Arte, Cultura e Educação é pensado cuidadosamente para ser sob medida para você. A Abertura do congresso é no dia 19 de outubro de 2021, mas as inscrições, com vagas limitadas, encerram antes. Não perca! Esteja conosco! Nos acompanhe.
Para se promover um congresso como este do Mão na Massa 2021 há estratégias concatenadas entre lives e webinars.
Veja lá: Estamos buscando estratégias e-Arte/Educativas para que este evento promova educação ativa nas mais diferentes possibilidades pedagógicas para quem o acessar este conteúdo após o evento, inclusive.
E quantos outros congressos online, que foram gravados e que permanecem na internet, disponibilizam seus conteúdos, como este congresso, corroborando nos processos de aprendizagem, que podem ser utilizadas como fomento do ensino, da pesquisa e da extensão?
E as aulas, quantas aulas? Quantos cursos? Seriam estes webinars? Lives? Por que não?
Quanta produção de saberes para serem acessados pelas cartografias de experiências próprias, para processos de [re]significações através de cliques na internet.
É incrível as descobertas que se pode alcançar a cada rota que se traça. Alunos podem construir sua jornada, impulsionados pelas suas questões que emergem no processo educativo, de modo indocilmente curioso como nos diria Paulo Freire.
Sim, de curiosidade indócil, sob a maestria de sua professora, de seu professor. Por que não a pedagogia do questionamento? O questionamento é o elemento motriz.
Não é à toa que o que torna o Google o site de maior acesso mundial é porque o Google é um portal que acolhe questionamentos.
O que postamos na internet, através de lives e webinars dentre outras formas de conteúdo, podem ser o que nossos alunos e nossas alunas edificam pelo aprendizado ativo.
Educação ativa plena em prol da identidade cultural, demarcada pelas ciberdiferenças no desenvolvimento ontológico do ser.
O educador, a educadora, há que se levar em conta processos sígnicos, cartografados por cada pessoa.
Fato, é que nos alimentamos, nos nutrimos ou outras vezes - nos desnutrimos, pelo o que consumimos. A cultura que consumimos, enquanto seres histórico-culturais, demarca nossos hábitos, nossos costumes, nossos ritos. E assim circunscreve a performance estética de nossas vidas.
Mas como assim Fernanda? Veja, a educação alimentar, por exemplo, para melhor compreender a qualidade alimentar daquele adulto, basta acessar sua cartografia alimentar desde sua tenra idade, não é mesmo?
Trago Postman para reflexão sobre nossas mídias, sobre nós mesmos:
“nós não vemos... a realidade... como ela é, mas como são nossas linguagens. E nossas linguagens são nossas mídias. Nossas mídias são nossas metáforas. Nossas metáforas criam o conteúdo de nossa cultura”. Como a cultura é mediada e determinada pela comunicação, as próprias culturas, isto é, nossos sistemas de crenças e códigos historicamente produzidos são transformados de maneira fundamental pelo novo sistema tecnológico e o serão ainda mais com o passar do tempo. (CASTELLS, 1999, p. 354).
Esta citação de Postman presente no livro de Manoel Castells, precisamente no ano de 1999. Veja em 1999, e como se encaixa nos tempos do agora, não é mesmo?
Quem entende que na internet tem coisa ruim, porque na internet tem de tudo mesmo, talvez tenha que pensar exatamente por este motivo, como é importante promovermos o desenvolvimento da mente digital crítica de nossos alunos e alunas, por trilhas de suas trajetórias, para que possam realizar escolhas autônomas, sem serem sugados acriticamente no trânsito da navegabilidade por entre links percorridos. Como é importante saber separar o joio do trigo, não é mesmo? Mas esta sapiência requer aprendizado.
Você já deixou sua porção na internet, para ampliar o arsenal de conhecimento bacana, neste universo online? Nós professoras e professores, educadoras, educadores, somos agentes-partícipes da edificação desta biblioteca/mundo.
Quanta coisa bacana já foi feita.
Quanta coisa bacana estão fazendo.
Quanta coisa bacana ainda por se fazer.
Fica alguma curiosidade ou dúvida de como podemos utilizar estrategicamente possibilidades dos recursos midiáticos como intermediadores do processo de ensino/aprendizagem através de metodologias ativas?
Veja este conteúdo em vídeo:
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*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da UFG
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Fonte: Secom-UFG
Categorias: colunistas Internet Educa Emac