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Universidade Federal de Goiás
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Docentes apresentam Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas da UFG

Em 23/09/21 09:08. Atualizada em 23/09/21 09:12.

Evento ocorreu durante transmissão do programa ‘WebCiência’ do Instituto de Química

João Gabriel Palhares*

Em mais uma transmissão do WebCiência na última segunda-feira (20/9), professores do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ/UFG) apresentaram linhas de pesquisas e produções do Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas (Lequal) da UFG. Mediado por Vanessa Pasqualotto, a conversa entre os docentes Márlon Herbert Flora Barbosa Soares e Nyuara Araújo da Silva Mesquita buscou desmistificar a ideia de que o laboratório apenas confecciona jogos.

O título da apresentação “Vocês são aqueles que fazem joguinhos” surge, segundo o professor Márlon, como uma provocação a um questionamento que vem sendo realizado frequentemente aos pesquisadores do laboratório. A ideia criada em cima do laboratório coloca a produção dos participantes como algo simples, quando na verdade é bem mais complexo. De acordo com Nyuara, a afirmativa também surge de uma estrutura que sempre visa diminuir as pesquisas na área de tecnologia.

Lequal IQ

Imergindo um pouco mais sobre as atividades, Márlon conta que o laboratório foi criado por ele em abril de 2004 como uma forma de estudar as atividades lúdicas dentro do IQ. Caminhando com o ensino da Química, o professor conta que além dos trabalhos de ensino com estudantes de graduação e pós-graduação, o laboratório está ligado a trabalhos de pesquisa e extensão, como Iniciações Científicas, atividades fora dos muros da universidade e estágios de pós-doutorado.

Sustentado nos três tripés da universidade, em primeiro, o laboratório desenvolve as atividades de ensino com aulas didáticas, estágios, estudos sobre epistemologias, aulas de educação ambiental e disciplinas específicas ligadas a área de licenciatura. 

Ao atravessar os muros da universidade, o professor apresentou os trabalhos de extensão desenvolvidos pelo Lequal. O primeiro deles, ‘Ciência na Escola’, é um projeto em parceria com o governo federal que investe na produção de materiais didáticos em escolas. O laboratório, segundo o professor Márlon, trabalha em cerca de quatro escolas da região metropolitana de Goiânia. Na atividade, mestrandos e doutorandos desenvolvem projetos de ensino em ciências na escola.

Atualmente, o projeto está trabalhando com a temática das fake news. De acordo com ele, os estudantes desenvolvem sequências didáticas de jogos e experimentos científicos que busquem derrubar fake news sobre a ciência, como o pensamento anti-vacina, o fato de o homem não ter ido à lua e também o argumento sobre a possibilidade de o planeta terra ser plano.

Os professores contaram, também, sobre o projeto ‘Sábado Aberto’ que visita escolas da periferia para promover atividades relacionadas à ciência. Os participantes do laboratório desenvolvem nos locais uma série de jogos, cursos de cozinha científica, minicursos sobre gênero e ciência não só com alunos como com a comunidade escolar.

Em 2012, os pesquisadores desenvolveram em parceria com o professor de Física, Jesiel Freitas Carvalho, o espaço ‘Diverte Química’ dentro do Pátio da Ciência, localizado entre o IQ e o Instituto de Física no Campus II da UFG. O espaço apresenta experimentos com o intuito de despertar o interesse por parte de visitantes e alunos.

Pesquisas

As orientações em relação à pesquisa seguem a linha de estudo sobre jogos e atividades lúdicas no ensino das ciências. Os trabalhos produzidos pelo laboratório, segundo os professores, estão relacionados não só com a criação de jogos como seus aspectos, a epistemologia, a história e até mesmo a construção do conceito de jogo e suas funcionalidades. Assim, o grupo realiza a junção de conceitos teóricos-filosóficos com a teoria de aprendizagem de teóricos, buscando explicar a função dos jogos na estrutura cognitiva dos estudantes.

Há, também, a pesquisa dos jogos como instrumento de avaliação, dentro do trabalho de pesquisa dos usos das tecnologias da informação e comunicação no ensino da ciência, como explica a professora Nyuara. Ela complementa que os estudos sobre a formação de professores da área de Ciência são pontos bastante levantados pelo grupo.

Demonstrando a imensa ramificação do laboratório, os professores enfatizam sobre as pesquisas em Educação Ambiental dentro da proposta educacional dos cursos de licenciatura em Química dos Institutos Federais de Ensino. De acordo com Nyuara, a investigação realizada pelo grupo descobriu que boa parte dos currículos discutem a Educação Ambiental de uma forma acrítica.

O grupo vem desenvolvendo robótica voltada à Educação. De acordo com os professores, no laboratório há robôs desenvolvidos para ensinar Matemática, Física, Química e Biologia. Desenhos animados e a figura de cientistas também fazem parte das pesquisas levantadas pelo Lequal.

O laboratório conta hoje com oito alunos de iniciação científica (IC), oito mestrandos e 16 doutorandos. Na sua história, já se passaram 48 alunos de IC, 50 orientados de trabalhos de conclusão de curso, 46 orientandos de mestrado e 19 de doutorado. Espalhados pelo mundo, o Lequal também possui 147 artigos científicos publicados, quatro livros autorais e 26 capítulos de livros.

*João Gabriel Palhares é estagiário de Jornalismo sob supervisão de Carolina Melo e orientação de Silvana Coleta

 

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Ensino Ciências Naturais IQ