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Universidade Federal de Goiás
Cláudio Ferraz

Economia pode ser utilizada para avaliação de políticas públicas

Em 05/10/21 10:10. Atualizada em 05/10/21 13:11.

Professor Cláudio Ferraz explicou sobre a diferença da disciplina Economia nos dias atuais

Willian Oliveira*

Passando por transformações nos últimos anos, a disciplina de Economia adentrou um campo mais teórico e empírico. Para falar sobre isso, o Café com Ciência convidou na semana passada (27/0) o professor da University British of Columbia e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Cláudio Ferraz. O palestrante levantou a discussão sobre como os economistas podem contribuir para o desenho e avaliação de políticas públicas.

Por meio de apresentações de dados, gráficos, o professor relacionou os métodos econômicos com temas como Educação, criminalidade, combate à pobreza e financiamento de eleições. Cláudio Ferraz iniciou a sua explanação mostrando uma panorâmica geral da Economia. De acordo com ele, a disciplina passou por uma grande mudança nos últimos 25 anos. Segundo ele, o foco em modelos matemáticos para explicar fenômenos sociais diminuiu bastante e deu lugar ao uso de dados, não somente para testar teorias, mas para analisar fenômenos e consequentemente avaliar políticas públicas.

Outra mudança que o professor destacou foi o caráter mais interdisciplinar da Economia. Nos dias atuais, em decorrência das mudanças, a disciplina vem causando mais impacto em diferentes áreas como, por exemplo, na ciência política, sociologia e antropologia. Cláudio apresentou o conceito de "Revolução de Credibilidade”, que segundo ele é atribuído à Economia, sobretudo pelo fato de ter se tornado uma disciplina mais próxima de uma Ciência Exata, que agrega métodos científicos, que testa as hipóteses que possui. “Todas essas mudanças fazem com que a Economia realmente se aproxime de uma ciência, trazendo outras disciplinas para perto”.

Com exemplos, o professor demonstrou como a Economia justifica as mudanças que ocorreram e que contribuem para explicar contextos sociais. Segundo Cláudio Ferraz, várias pessoas ainda não entendem como os economistas trabalham. “Diferente do que todo mundo acha, os economistas não pesquisam apenas taxas de juros e inflação, na verdade, a economia está pesquisando coisas relacionadas ao social”. Segundo o professor, os economistas têm muito a dizer sobre a efetividade das políticas públicas, que, de acordo com as suas palavras, é o que realmente importa num país como o Brasil.

*Willian Oliveira é estagiário de Jornalismo sob supervisão de Carolina Melo e orientação de Silvana Coleta

Fonte: Secom-UFG

Categorias: Humanidades