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Faça sua própria videoaula: passo a passo com programa gratuito e online
Fernanda Cunha*
Como as produções audiovisuais são fortemente utilizadas nos processos de ensino/aprendizagem há mais de século, não é mesmo?
O cinema educativo, por exemplo, entra no Brasil no século XX na década de 30, com o apoio e militância de Cecília Meireles dentre outros nomes de destaque, mas culmina em importante contraste em relação aos filmes cinematográficos, pois o cinema educativo acaba sendo enfadonho, chato, enquanto os filmes artísticos bem como as produções mais comerciais historicamente vêm marcando a vida de gerações e gerações, modificando hábitos, costumes, promovendo reflexão, mexendo com a emoção das pessoas.
Infelizmente, na maioria das vezes o filme educativo, por excesso de pedagogismo e carência de arte, acaba perdendo esta conexão mágica que os filmes despertam no espectador.
Como a carência de arte na educação pode acabar por padecer processos de ensino/aprendizagem.
A arte na educação pode promover processos [re]significativos no âmbito afetivo, perceptivo, cognitivo e intelectual com importante valor exponencial em relação àqueles que carecem de arte na educação. Por isso, é importante lutar pela educação com arte, pela arte na educação de nossas alunas e alunos do jardim de infância à pós-graduação. Países desenvolvidos investem na arte, pela arte na educação.
Quantas vezes a professora, o professor lança mão de um filme, de um vídeo para contextualizar aquele determinado conhecimento e o quão este procedimento torna importante ferramenta como intermediadora no processo de ensino/aprendizagem. Como é relevante a expressão fílmica enquanto intermediadora do processo de ensino/aprendizagem, buscando contextualizar aquele conhecimento na/para a vida.
Neste paradigma, é importante a produção de videoaulas pela própria educadora, pelo próprio educador, ao invés de se utilizar de vídeos já produzidos por outrem. O aluno, a aluna ao se deparar com videoaulas produzidas pelo seu professor, pela sua professora os recebe comumente com mais acolhimento.
Os gatilhos mentais, tão bem explorados nas produções fílmicas bem como na publicidade e propaganda, podem ser utilizados nas videoaulas. Os gatilhos mentais acabam por corroborar significativamente no engajamento da narrativa em questão, podendo contribuir na edificação daquele conhecimento que se pretende desenvolver pedagogicamente. Você já prestou atenção nos gatilhos mentais utilizados nos filmes e tantas outras produções audiovisuais que você assistiu?
E as videoaulas, qual a sua percepção sobre estas?
Poucos professores fazem suas próprias videoaulas. E como os alunos e alunas respondem bem às videoaulas de seus professores! Claro que lançar mão de um trecho e/ou de um filme inteiro tem sua relevância quando bem contextualizado àquele conhecimento que se pretende edificar, mas a realização de uma videoaula pelo professor, pela professora para seus alunos e alunas tem sua aproximação peculiar.
Entretanto, há muita resistência da grande maioria dos educadores para realizarem suas videoaulas por desconhecerem programas com interfaces gráficas mais amigáveis, que possam ser mais intuitivas àqueles que não são editores de vídeo profissionais; por não conhecerem programas que possam ser mais leves e assim ocupar pouca memória do computador; por não saberem como editar um vídeo; além da questão financeira, que não pode ficar de fora, quando se trata de preços elevados de softwares de edição, que exigem ainda alta performance do computador.
Mas estas objeções, como tantas outras, podem cair por terra, ao se conhecer programa gratuito, 100% online, que exija pouca performance do computador e com interface gráfica de fácil navegabilidade e compreensão. E aí? O que você acha de construir sua própria videoaula, utilizando o seu plano de aula como roteiro fílmico?
Faço convite para você acessar o link abaixo do vídeo intitulado Faça sua própria Videoaula, com o passo a passo do programa gratuito e online AceThinker:
As produções audiovisuais são importantes recursos nos processos de ensino/aprendizagem na pandemia, como objeto para se repensar as aulas, em momento em que alunos e alunas muitas vezes simplesmente estão de câmeras fechadas às estratégias pedagógicas desestimulantes.
Visite o meu canal do Youtube, acessando o link https://www.youtube.com/c/FernandaCunhaCiberArtEduca e confira a coletânea de vídeos disponíveis que venho realizando com dicas, reflexões, tutoriais, entrevistas, que possam auxiliar profissionais do ensino e alunos.
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*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da UFG.
Fonte: Secom UFG
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