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Universidade Federal de Goiás
Internet EDUCA

INTERNET EDUCA

Em 20/04/22 15:17. Atualizada em 20/04/22 18:00.

Empreenda com videoaulas

Passo a passo como realizar videoaulas pelo PowerPoint

https://youtu.be/sltrVifoK6Q

Por estes últimos dias, chega a mim divulgação de edital de concurso público para 18 vagas com salários variando de R$ 1.232,00 à R$ 13.846,96.  

Ao conferir tal conteúdo, me deparo com os salários mais altos para as vagas que exigem graduação completa, como os médicos com salários de R$ 8.654,37 à R$ 13.846,96, para enfermeiro R$ 6.592,36 e para psicólogo R$ 5.074,50.

Entretanto, o salário para o professor da educação básica, que também é necessária a graduação completa, tanto quanto os outros profissionais acima citados, o valor é de R$ 2.915,95.

Salta-me aos olhos, o valor do salário para o professor da educação básica, que se aproxima mais das outras vagas que não requer a exigência de ensino superior como operador de máquinas pesadas de R$ 2.162,88, pedreiro de R$1.921,45 e motorista de ônibus de R$ 1.921,45, dentre outros.

Tal contexto remeteu-me a inevitável reflexão com relação àqueles países desenvolvidos, em que as políticas salariais convergem respectivamente aos níveis de escolaridade, podendo as remunerações mais altas serem destinadas aos professores, cujos professores todas as profissões educam.

Se os salários forem os marcadores de valorização profissional nos países sob a judicie capitalista, eis que se apresenta o patamar que se encontra a escala de valor da professora – do professor no Brasil, bem como o viés que caminha na contramão de políticas que poderiam melhor promover o desenvolvimento das conjunturas de nosso país, ao balizar-se pela educação.

conteúdo deste edital me remeteu ainda a intensa jornada de trabalho das professoras e professores da educação básica, vez que muitos lecionam nos três períodos: manhã, tarde e noite, cuja intensa jornada vem de encontro, em sua grande maioria, para suprir os gastos essenciais da vida, em que ainda muitos necessitam buscar outras formas de renda extra, cujas atividades são variadas: desde aulas particulares à produção de doces e salgados, dentre outros intitulados de “bicos”.

Neste viés, importante ressaltar os arte/educadores e/ou os artistas/educadores bem como tantos outros profissionais da área da cultura, que criatividade não lhes pode faltar para a sobrevivência.

Como se faz imperativo para a sobrevivência digna o empreendedorismo informal para muitos profissionais em nosso país, não é mesmo?

O incrível é que não há, na maioria dos casos, a consciência destes profissionais de que estão empreendendo. E por conseguinte, ainda há certa rejeição sobre a ação empreendedora para profissionais como professores, artistas e profissionais da cultura.

Notório me parece que a referida rejeição destes profissionais ao empreendedorismo serve de alavanca à exploração de outrem a estes profissionais. Você já pensou se professoras e professores tomarem para si ação empreendedora consciente na educação? Como ficaria o contexto da proletarização de educadores?

Este contexto tem sido objeto que me traz significativa envergadura, com atenção mais específica nos últimos tempos, sobretudo em tempos de pandemia, período este de maior intensidade das questões experienciadas.

Você já se ateve sobre a relevância da arte, da cultura, do entretenimento no Brasil e no mundo? Qual sua porção no PIB?

Há que se descortinar este horizonte para que estes profissionais não fiquem reféns de políticas salariais que pouco os valorizam.

Há que se ter cuidado com a rejeição introjetada para o empreendedorismo aos professores e profissionais da arte e cultura, cuja introjeção pode estar no viés que Paulo Freire adverte em relação ao oprimido, podendo reverberar tal introjeção na marcha da proletarização massiva, acrítica ao ferir a autoestima, enfraquecendo a autogovernança.

Neste oceano que segue o barquinho, quiçá a jangada destes profissionais à deriva da desvalorização, foi estimado que em 2021 o mercado global de mídia e entretenimento perpassa movimentação de US$ 2,23 trilhões em 2021.

Quanta coisa interessante é possível agregar nas ações rotineiras do cotidiano destes profissionais da arte, cultura e educação ao se inserir as tecnologias digitais como intermediadoras de seus processos artísticos e estéticos com vistas à otimização midiática, transmidiática e empreendedora.

Fato é que lhes passam como água que escorrem pelos dedos, um arsenal incrível de possibilidades que, muitos já fazem uso, mas desconhecem estratégias que podem dinamizar outros degraus, como por exemplo o famigerado e tão utilizado software PowerPoint, que é recurso para construção de slides digitais, que professores utilizam nas suas aulas, mas que muitos desconhecem como transformar estes slides em videoaulas no PowerPoint.

Cada videoaula, em sequência orquestrada pela professora, pelo professor, pode ter sua culminância na formação de um curso, cujo curso pode ser ofertado como um infoproduto para ser comercializado na internet.

Se um curso proferido por uma professora, por um professor ajuda muita gente, imagine quantas pessoas podem ser alcançadas e ajudadas pela internet? E quanto poderá esta professora este professor monetizar?

Abaixo, demonstração com passo a passo de como realizar videoaulas pelo PowerPoint:

https://youtu.be/sltrVifoK6Q

 

Visite o meu canal do Youtube, acessando o link https://www.youtube.com/c/FernandaCunhaCiberArtEduca e confira a coletânea de vídeos disponíveis que venho realizando com dicas, reflexões, tutoriais, entrevistas, que possam auxiliar profissionais do ensino e alunos.

Convido você a conhecer o site Portal Internet Educa https://portalinterneteduca.com/

Nele você encontra diversos formatos de conteúdo: artigos, ebooks, posts, encontros online, etc., buscando contribuir com professoras, professores, alunas e alunos, pessoas interessadas na área da Arte, Cultura e Educação.

*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da UFG.

O Jornal UFG não endossa as opiniões dos artigos e colunas, de inteira responsabilidade de seus autores.

Fonte: Secom ufg

Categorias: colunistas Emac