29 de abril é o Dia Internacional da Imunologia
Tema proposto pela International Union of Immunological Societies para 2022 são as Vacinas
Texto e foto: Marina Sousa
Tuberculose, COVID-19, tétano, febre amarela, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B, são algumas das doenças que podem ser prevenidas por vacinas, e hoje, 29 de abril, Dia Internacional da Imunologia a International Union of Immunological Societies (IUIS) propôs para a campanha de celebração da data deste ano, o tema Vacinas.
Em meio à pandemia da COVID-19, as pesquisas na área da imunologia avançaram muito o entendimento com relação à infecção pelo SARS-CoV-2 , novo coronavírus, de forma acelerada o que pôde ofertar ao mercado, em tempo recorde, várias vacinas de combate à COVID-19, e entender o sistema imunológico e identificar fatores de risco e genéticos de susceptibilidade de várias doenças é uma das atuações da imunologia.
Atualmente, o Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG) possui em seu quadro acadêmico onze profissionais da área. Muitos ofertam disciplina de Imunologia para diversos cursos de graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), como: Odontologia; Farmácia; Enfermagem; Medicina; Medicina Veterinária; Zootecnia; Biomedicina; Nutrição e Biotecnologia, na área de imunologia básica como também, imunologia aplicada.
Há também os cursos de Pós-graduação como o de Medicina Tropical e Saúde Pública e o Programa em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (PPGBRPH) que ofertam disciplinas como: Imunidade inata, Resposta imune dos linfócitos T auxiliares, Memória Imunológica, Métodos em Imunologia, Imunobiologia das Doenças Infectoparasitárias, Tópicos em Imunologia, e Imunopatologia.
Segundo a professora e doutora em Imunologia, Simone Gonçalves Fonseca, vinculada ao Departamento de Biociências e Tecnologia (DEBIOTEC) do IPTSP, as descobertas da imunologia têm um impacto enorme na saúde da população. “O desenvolvimento das vacinas é um grande legado da imunologia. E o papel das vacinas na prevenção de enfermidades e redução do desenvolvimento de doenças graves e hospitalizações é notório. O efeito benéfico da vacina pôde ser observado na pandemia da COVID-19, salvando vidas e reduzindo a gravidade da doença. A nossa mensagem para população nesse dia é vacinem-se, essa é a forma de proteção contra várias doenças”.
Expertise
A produção científica do IPTSP se estende em várias áreas e no campo da vacinação podemos ressaltar o trabalho da professora Ana Paula Junqueira-Kipnis, que é vinculada ao Departamento de Biociências e Tecnologia (DEBIOTEC) do Instituto, onde desenvolve inúmeros projetos na área de imunologia com ênfase em Imunologia aplicada. A professora Ana Paula possui ampla experiência no desenvolvimento de novas vacinas, análise de BCG e suas funções imunes. Além disso, a professora compõe a Rede Goiana de Pesquisa em Tuberculose (RGPTB).
Ademais, a professora Cristiana Toscano, vinculada ao Departamento de Saúde Coletiva do IPTSP, compõe o Grupo Estratégico Internacional de Experts em Vacinas e Vacinação (SAGE – Strategic Advisory Group of Experts for vaccines and vaccination) da Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu Grupo de Trabalho de Vacinas para COVID-19. A professora que é médica e infectologista é a única brasileira que compõe este grupo restrito de especialistas mundiais.
Vacinação da COVID-19
Uma boa imunidade é uma importante defesa do corpo contra agentes infecciosos e a vacinação de combate a Covid-19 pôde frear a circulação do vírus, o que tem mostrado resultados satisfatórios na população vacinada em todo o mundo. Indagada sobre os desafios do enfrentamento da doença, a professora Cristiana Toscano enfatiza que a cobertura vacinal com a terceira dose da COVID-19 é muito importante. “A gente sabe que a proteção das duas doses apenas não é suficiente para a variante Ômicron, possivelmente para as novas variantes e a sub-variante que tem aumentado sua presença aqui no Brasil. Portanto, só com as duas doses é baixa a proteção contra hospitalizações e óbitos. A cobertura com a terceira dose ainda é muito importante e necessária”, reforça Cristiana.
Futuro
O mundo pós-pandemia ainda é uma preocupação. Para o futuro, a professora Toscano diz que há uma série de desafios sobre a definição de como será a incorporação e manutenção da vacinação da COVID-19. “Não se sabe como será a circulação do vírus, quais são as novas variantes e sub-variantes que vão aparecer e como vai ser a proteção vacinal a essas novas variantes. Mas a gente sabe sim que o vírus vai continuar a circular, e provavelmente precisaremos de uma vacinação mais rotineira como parte das outras vacinas. Então a definição de como vai ser isso, quantas vezes, quando vai ser preciso fazer a revacinação e qual a duração dessa proteção quanto às novas variantes e as estratégias de vacinação pós-pandemia ainda são desafios que precisam ser esclarecidos e definidos”, finaliza a professora. Assim sendo, o IPTSP reforça que manter o quadro vacinal completo contra o novo coronavírus e outras doenças que possuem a vacina como prevenção é vital.
Conheça o quadro de docentes em Imunologia do IPTSP neste link.
Fonte: Secom ufg
Categorias: Tecnologia vacinas IPTSP