Fernanda Cunha*

A acessibilidade pelo meio digital é um dos recursos que muito tem possibilitado, de modo cada vez mais fluido, os meios de comunicação àqueles que são portadores de alguma deficiência e/ou de múltiplas deficiências.

Entretanto, não se faz rotina a inserção destes recursos na maioria das ações do cotidiano socioeducativo, o que pode reverberar à invisibilidade daqueles com necessidades especiais.

Quando a ergonomia social carece de ajustes aos que fogem das medidas e hábitos do então denominado “padrão”, inevitavelmente recai-se à exclusão dos/das de “fora do padrão”.

A questão se agrava ainda mais nos países de maior desigualdade social, sobretudo naqueles países que carecem de quesitos essenciais à vida, como por exemplo o saneamento básico, que pode acabar trazendo a falsa impressão de que a reivindicação por calçadas e estas ainda em condições para cadeirantes e/ou outras deficiências para se poder transitar, parecer até luxo...

Em contextos desta natureza, acerca da invisibilidade daqueles que são portadores de alguma deficiência, muitas ações simples podem ser voluntariamente implementadas, cujas ações podem promover mudanças inclusivas no dia-a-dia destes que estão no nosso entorno.

Você já parou para buscar algum aplicativo, ou software gratuito que possa ajudar seu vizinho, seu parente, seu aluno, aluna com algum tipo de deficiência? Quanta coisa está disponível que pode contribuir significativamente.

Como você, como eu, como cada um de nós, que neste exato momento gozamos plenamente da ergonomia social, conseguimos efetivamente impactar na vida de pessoas que vivem próximas a nós que não falam, que não ouvem, que não andam, que não veem ou que têm alguma deficiência que os impedem de gozar a vida em sua plenitude, por falta de ações inclusivas?

Nós não conseguiremos resolver a incumbência, em sua totalidade, que cabe ao poder público, as autoridades, mas como anda a nossa proatividade inclusiva?

A ausência de ações voluntárias proativas inclusivas vem potencializando sociedades cada vez menos impactadas pela generosidade e solidariedade.

Fato é que há muita coisa que podemos agir, fazendo a diferença!

Em sala de aula, muitas vezes um professor, uma professora desconhece soluções que podem estar à mão para um aluno, uma aluna com problema auditivo poder acompanhar as aulas. Que diferencial poderá fazer na vida desse estudante, com um gesto pedagógico inclusivo, não é mesmo?

O Google Meet por exemplo, ao se utilizar a opção legenda, pode-se habilitar um importante recurso colaborador para a mediação com pessoas portadoras de deficiências auditivas em seminários, cursos, aulas, sejam estes presenciais, online ou híbridas.

Acesse o vídeo abaixo e confira o passo a passo de como utilizar o Google Meet para deficientes auditivos, tornando suas aulas inclusivas, contribuindo no aprendizado de seus alunos e alunas com esta deficiência:

Visite o meu canal do Youtube, acessando o link https://www.youtube.com/c/FernandaCunhaCiberArtEduca e confira a coletânea de vídeos disponíveis que venho realizando com dicas, reflexões, tutoriais, entrevistas, que possam auxiliar profissionais do ensino e alunos.

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*Fernanda Cunha é professora da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da UFG.

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