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Universidade Federal de Goiás
propriedade intelectual (pixabay)

Propriedade intelectual é força no processo de internacionalização acadêmica

Em 15/06/22 17:31. Atualizada em 16/06/22 14:19.

Evento discutiu meios de planejar e explorar as capacidades da instituição

Yandria Rayellen*

 

A propriedade intelectual pode ser uma força motriz da internacionalização acadêmica, uma vez que traz “informações cruciais” sobre tomadas de decisões. Essa é a opinião da professora Tatiana Ertner, do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ/UFG), que realizou uma webconferência na tarde da última sexta-feira (10) através do Youtube UFG Oficial. Para ela é importante pensar a internacionalização por meio de um planejamento estruturado.

Tatiana ressaltou a relevância do olhar para um plano de internacionalização como um todo, isto é, de aprender a ter controle do processo e saber captar os pontos fortes e fracos do planejamento. Esse olhar crítico e unilateral do controle viabiliza a chamada “internacionalização sustentada”, em que a partir das forças e fraquezas do plano é possível explorar as maiores capacidades da Universidade. Nesse sentido, segundo a docente, caminha-se para desenvolver os pontos fracos para que eles se tornem fortes e também possam contribuir positivamente para a internacionalização.

Para que esse controle seja viável e proveitoso, a professora da UFG pontua quatro tópicos importantes a serem seguidos até a obtenção da meta, são eles: informação, divulgação, interação e gestão. No caso da informação, a professora expõe sobre a importância de se ter guias e modelos que podem ser seguidos por quem está envolvido na ação, enquanto no espaço da divulgação o alerta é para a atenção que o público precisa receber, estando em contato com o que vem acontecendo durante o processo.

O terceiro ponto, a interação, envolve despertar o interesse do público no assunto, oferecendo interações interculturais e interdisciplinares. Já no quarto e último citado, a gestão está relacionada com o acompanhamento do projeto e a necessidade de ter um plano e uma meta para a internacionalização. Nesse sentido, para que essa gestão e projeto seja construído com bases precisas, a propriedade intelectual, sendo considerada motriz do processo, precisa ser analisada como ponto forte ou fraco da equação do plano de controle. 

A docente trouxe informações do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), onde mostra que as universidades brasileiras são as maiores depositantes em pedidos de patentes entre os residentes, mas não são detentoras desses pedidos, ou seja, que após analisados tiveram as cartas de patentes emitidas. As estatísticas do Instituto mostram que entre 2017 e 2022 foram deferidos 1.705 pedidos, sendo 53 deles para universidades. O dado, entretanto, mostra que nas universidades, principalmente no Brasil, a motriz que solidifica a internacionalização acadêmica é um ponto que precisa de maior atenção e controle.

Esse controle sobre a motriz, como aborda a professora, pode ser coordenado através das propriedades intelectuais, onde a base de dados é rica em informações que podem guiar o plano e a estratégia que precisa ser construída. As universidades podem, assim como as empresas, fazer uma busca no banco de dados fornecido pela propriedade intelectual  e se embasar nessas informações para a tomada de decisões quanto à internacionalização. 

Pensando no sentido da internacionalização e na busca de dados dentro dessas propriedades, Tatiana mostra como podemos verificar qual o panorama de PI fornece a informação capaz de sanar o plano que está sendo seguido: identificar e delinear bem as metas do projeto, e identificar qual o tipo de propriedade intelectual pode melhor corresponder à informação. Após a definição das metas e das propriedades intelectuais, é necessário colocar os termos de buscas de patentes e ver quais informações o sistema vai apresentar.

O controle da motriz ganha forma a partir de tais buscas, onde se torna possível localizar titulares de patentes que têm domínio na área que foi pesquisada, e mostrar como e onde eles podem ser encontrados. Os aspectos informativos apresentados nesses bancos de dados podem também mostrar características importantes sobre os  titulares das patentes, como os costumes com as parcerias internacionais e possibilidades de mobilidade para laboratórios. Essas informações, retiradas das propriedades intelectuais, são primordiais para o plano tornar a internacionalização sustentada.

A pesquisadora enfatiza que com essas informações pré-estabelecidas, pode-se contatar outra universidade internacional parceira já com uma proposta de colaboração sustentada. De certa forma, o que é um diferencial da procura por universidades parceiras com interesses em colaborações tecnológicas sem projeto algum construído. E são com essas  informações obtidas previamente que caminhos diferentes do que estava previsto no início podem ser traçados, caminhos esses que cheguem a uma mesma meta já estabelecida.   

Orientando também sobre a importância de estar com o portfólio e uma propriedade intelectual sempre atualizada e com informações chaves, a orientadora destaca que é viável para que outras universidades também tenham acesso e possam construir um plano de internacionalização com base nas informações pré ofertadas pelo banco de dados. 

A professora Tatiana Ertner concluiu o evento enfatizando sobre a importância do interesse pelas informações que estão disponíveis nas propriedades intelectuais, e como é primordial que se saiba buscar informações e conhecer o todo do plano para a internacionalização. “É com esse olhar que as perspectivas surgem para planos futuros”. 

Acesse aqui a live completa. A docente é a autora da Coluna INOVA, do jornal UFG. Mais informações sobre o cenário da internalização podem ser encontradas nesse espaço.

 

Yandria Rayellen é estagiária de Jornalismo sob supervisão de Kharen Stecca e orientação de Silvana Coleta

Fonte: Secom UFG

Categorias: Institucional IQ